São Paulo, sábado, 15 de março de 2008

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Ar paulistano tem padrões mexicanos

DA REPORTAGEM LOCAL

A capital paulista, que exporta poluição para cidades a quase 600 quilômetros de distância, já tem alguns padrões mexicanos de poluição do ar. A Cidade do México tem um dos ares mais poluídos do mundo.
Quem afirma é Paulo Saldiva, professor da Faculdade de Medicina da USP.
"Em termos de partículas finas [grãos de poeira com dimensões muito pequenas], nós já passamos. Em níveis de ozônio [outro poluente], podemos passar em breve."
Segundo Saldiva, há uma questão de desigualdade social mascarada no problema da poluição. "Quem fica quatro horas por dia preso em um corredor de ônibus, por exemplo, ultrapassa facilmente o padrão médio de exposição a partículas estabelecido pela Organização Mundial da Saúde", disse. Ele esteve ontem no evento em que o secretário Francisco Graziano Neto anunciou o inventário de emissões de gases em São Paulo que contribuem para o efeito estufa.
Segundo Graziano, a inspeção veicular em São Paulo -que poderia diminuir em até 20% a poluição na cidade, segundo cálculos da USP- demora a sair porque as várias esferas de governo que legislam sobre o tema ainda não conseguiram entrar em acordo. (EG)


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