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Brasil vai manter meta de redução
LUCIANA COELHO
ENVIADA ESPECIAL A ROMA
A Presidência brasileira
e o Itamaraty foram pegos
de surpresa pela decisão
dos EUA e de outros membros da Apec de que não
fechar acordo sobre o clima em dezembro.
O governo brasileiro,
porém, manterá o compromisso de reduzir suas
emissões de CO2 entre
36,1% a 38,9% até 2020,
anunciado sexta-feira.
A decisão foi anunciada
horas depois de o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva ter dito, em Paris,
que telefonaria ao americano Barack Obama e ao
chinês Hu Jintao para cobrar comprometimento,
temendo que os dois chegassem a um acordo bilateral que levasse em conta
apenas as suas realidades.
Hoje, a ministra-chefe
da Casa Civil e líder da delegação brasileira na conferência, Dilma Rousseff,
apresenta em Copenhague a proposta do Brasil.
Indagado sobre a decisão, o assessor da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse que "é evidente que [o Brasil] vai colocar [a proposta], ela
existe independemente
disso". A estratégia do
Brasil não mudará, diz ele.
"Quem está roendo a corda não somos nós. O tema
está aí independentemente de nossa vontade, é uma
questão grave. Eles vão ter
de dar uma resposta."
O secretário-geral do
Itamaraty, Antonio Patriota, disse que "é preciso
esperar o resultado da
reunião de amanhã [hoje]" em Copenhague. Para
ele, a declaração da Apec
foi "aguada".
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