São Paulo, segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Brasil vai manter meta de redução

LUCIANA COELHO
ENVIADA ESPECIAL A ROMA

A Presidência brasileira e o Itamaraty foram pegos de surpresa pela decisão dos EUA e de outros membros da Apec de que não fechar acordo sobre o clima em dezembro.
O governo brasileiro, porém, manterá o compromisso de reduzir suas emissões de CO2 entre 36,1% a 38,9% até 2020, anunciado sexta-feira.
A decisão foi anunciada horas depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter dito, em Paris, que telefonaria ao americano Barack Obama e ao chinês Hu Jintao para cobrar comprometimento, temendo que os dois chegassem a um acordo bilateral que levasse em conta apenas as suas realidades.
Hoje, a ministra-chefe da Casa Civil e líder da delegação brasileira na conferência, Dilma Rousseff, apresenta em Copenhague a proposta do Brasil.
Indagado sobre a decisão, o assessor da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse que "é evidente que [o Brasil] vai colocar [a proposta], ela existe independemente disso". A estratégia do Brasil não mudará, diz ele. "Quem está roendo a corda não somos nós. O tema está aí independentemente de nossa vontade, é uma questão grave. Eles vão ter de dar uma resposta."
O secretário-geral do Itamaraty, Antonio Patriota, disse que "é preciso esperar o resultado da reunião de amanhã [hoje]" em Copenhague. Para ele, a declaração da Apec foi "aguada".


Texto Anterior: Líderes recuam e atrasam elaboração de acordo do clima
Próximo Texto: Análise: Copenhague virou "Flopenhague"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.