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Derretimento de neve no continente equivaleu a um Estado de SP em 2005
Nasa
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Imagem de satélite da Antártida mostra regiões (coloridas) que derreteram em 2005 |
DA REDAÇÃO
Uma área de neve maior
que o Estado de São Paulo
derreteu na Antártida em janeiro de 2005, revelam imagens de satélite da Nasa
(agência espacial dos EUA).
O degelo é o maior medido
por satélites nas últimas três
décadas. Ele alimenta temores de que o processo possa
acelerar o escorregamento da
calota polar antártica, num
processo indetectável mas
que pode levar ao colapso de
grandes áreas do manto glacial, com conseqüências graves para o nível do mar.
O derretimento aconteceu
em várias regiões diferentes,
incluindo o interior do continente, a 900 km da costa, altas latitudes e elevações superiores a 2.000 m -o que era
considerado improvável.
Em uma dessas regiões, a
temperatura chegou a 5C
durante uma semana. Temperaturas positivas são raríssimas no interior da Antártida, até mesmo no verão.
O grupo de Son Nghiem, do
Laboratório de Propulsão a
Jato (JPL) da Nasa, usou o satélite QuickScat para medir o
acúmulo de neve no continente de 1999 a 2005. Eles
descobriram que grandes
áreas de neve derreteram no
verão de 2005 e depois se solidificaram em forma de gelo.
O perigo desse tipo de derretimento é que a água líquida da superfície pode escoar
até a base das geleiras por rachaduras e tubos. Uma vez lá
embaixo, ela age como lubrificante, aumentando a velocidade de escoamento das geleiras (que não passam de
imensos rios de gelo) rumo ao
mar. O gelo continental antártico, se derretido, pode aumentar o nível global dos
oceanos em vários metros.
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