São Paulo, quinta-feira, 17 de dezembro de 2009 |
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CLIMÁTICAS TRABALHAR CANSA O negociador-chefe chinês, Su Wei, iniciou sua entrevista com um relato sobre quão penosas estão as conversas. "Primeiro trabalhamos 25 horas sem parar. Depois foram 51. Não quero nem pensar como vai ser agora", afirmou, dizendo que só dormira uma hora. JOGO DE CENA Após três dias se estranhando, os ministros Dilma Rousseff e Carlos Minc encenaram uma reconciliação. "Muito bem observado", "você tem toda razão", desdobrava-se a ministra em elogios ao colega, na entrevista em que os papéis de ambos haviam sido combinados. POR UMA LETRA No acordo-esboço que trata de redução de desmate, Dilma briga para que uma única letra seja excluída. Países debatem se a contabilidade das ações deve ser feita em "nível nacional", ou em "níveis". O emprego no plural, diz o Brasil, permitiria aos EUA se livrarem de cortes de emissões apenas encampando projetos em países tropicais. O MAIS PEDIDO O único consenso no Bella Center é o carrinho de cachorro-quente, que faz longas filas. "É a única coisa aqui que dá para comer", diz um embaixador. GREMLINS Um dos principais sinais da falta de consenso na conferência é a proliferação de colchetes nas versões de acordo do clima, chamou a atenção um negociador norueguês. Os sinais gráficos indicam divergências e se reproduzem como gremlins conforme jogam água no acordo. "Há um clima geral de colchetes aqui", brincou Minc. TÁTICA Na gigantesca delegação brasileira, há quem atribua ao frio de Copenhague parte das dificuldades de negociar o corte nas emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global. O resultado seria outro se o encontro fosse no Piauí, arriscam. Texto Anterior: Saiba mais: Tratado será composto de vários textos Próximo Texto: Copenhague 2009: País prevê US$ 166 bi para cortar CO2 Índice |
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