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Brasileira participou de observações
da Reportagem Local
A pesquisa da Universidade
do Texas sobre as propriedades
fisiológicas da linguagem comuns a todos os idiomas recebeu a ajuda de uma brasileira.
"Os autores do estudo têm
uma proposta teórica para explicar a aquisição do sistema de
sons pelos indivíduos, independentemente da língua que eles
estejam adquirindo", disse à Folha Elizabeth Teixeira, da Universidade Federal da Bahia.
"Eles começaram investigando
crianças falantes do inglês, mas,
posteriormente, partiram para a
ampliação do banco de dados
do laboratório para incluir dados de outras línguas. Aí entra
minha participação, com o banco de dados do português".
A associação de Elizabeth com
o grupo norte-americano aconteceu quando ela fez pós-doutoramento no Texas.
Contra Chomsky
Os resultados se contrapõem
às idéias de um dos mais importantes linguistas do mundo,
Noam Chomsky. "Chomsky
acredita que a representação
mental dos sons na mente é tudo o que importa e que o desenvolvimento da linguagem acontece à medida que a criança
cresce e suas habilidades aumentam", disse Davis.
A pesquisadora questiona essa idéia. Para ela, seu trabalho
mostra que a estrutura da linguagem é como é devido à maneira com que o aparato vocal
funciona, mecanicamente.
"A capacidade de produção
de linguagem e dos primeiros
humanos de falar se desenvolveu no tempo porque os movimentos do aparelho vocal também se tornaram mais especializados. Isso aconteceu porque
houve a necessidade de produção de mensagens mais complexas, que refletissem o avanço da
organização cultural do homem", afirmou Barbara Davis.
No entanto, segundo John
Locke, da Universidade de
Cambridge, "Chomsky pode
não aceitar isso como uma verdadeira contradição, uma vez
que suas idéias estão ligadas à
sintaxe, e os autores da "Science"
falam de fonologia".
(IG)
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