|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Governo lamenta mortes, mas diz
que programa espacial continua
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva lamentou profundamente a morte das pessoas que trabalhavam na base de Alcântara. Por
meio do seu porta-voz, André
Singer, Lula disse ainda que "o
programa espacial brasileiro, um
importante projeto científico e
tecnológico do nosso país, está
hoje de luto".
Lula também disse, segundo
Singer, que "neste momento, em
que o país presta homenagem aos
trabalhadores da base de Alcântara, o governo quer reafirmar suas
disposição de prosseguir no esforço de dotar o Brasil de uma tecnologia espacial própria".
O ministro José Viegas (Defesa)
também lamentou as mortes.
Lembrado que esse foi o terceiro
foguete brasileiro que explode, ele
afirmou que "a perseverança é
uma virtude" e que o programa
vai continuar. Os outros dois explodiram no ar, em 1997 e 1999.
O programa brasileiro prevê
ainda a construção de um quarto
foguete lançador de satélite.
Viegas disse que os mortos seriam funcionários civis do CTA
(Centro Técnico Aeroespacial),
da Aeronáutica, que funciona em
São José dos Campos (SP).
Para ele, não será possível identificar os corpos. "Não temos a relação dos nomes e não sabemos o
número exato, por causa das circunstâncias e das proporções do
acidente. Não há como proceder a
identificação de corpos. O que está sendo feito é uma lista de chamada para ver as pessoas que estão presentes e deduzir os ausentes", disse o ministro.
"Os técnicos que estavam trabalhando lá, tudo indica que tenham morrido. Não há esperança
de que tenha havido sobreviventes", disse. Apesar de o ministro
não dar esperança de sobreviventes, nota oficial do Ministério da
Defesa trata do "desaparecimento
de, até o momento, 16 pessoas que
trabalhavam na plataforma do
centro de lançamento".
Até as 18h50, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica
não tinha o número fechado de
mortos ou feridos. Ainda de acordo com a nota do Ministério da
Defesa, "as circunstâncias do acidente estão sendo investigadas
com o rigor e a rapidez necessários". O ministro disse que foi
aberto um inquérito para apurar
as causas da explosão.
Viegas deu as declarações pouco antes de reunir-se com Lula, a
pedido do presidente.
Texto Anterior: Criador do projeto aposta em falha humana como causa do acidente Próximo Texto: Sabotagem será considerada Índice
|