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São Paulo, sábado, 23 de agosto de 2003

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Governo lamenta mortes, mas diz que programa espacial continua

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou profundamente a morte das pessoas que trabalhavam na base de Alcântara. Por meio do seu porta-voz, André Singer, Lula disse ainda que "o programa espacial brasileiro, um importante projeto científico e tecnológico do nosso país, está hoje de luto".
Lula também disse, segundo Singer, que "neste momento, em que o país presta homenagem aos trabalhadores da base de Alcântara, o governo quer reafirmar suas disposição de prosseguir no esforço de dotar o Brasil de uma tecnologia espacial própria".
O ministro José Viegas (Defesa) também lamentou as mortes. Lembrado que esse foi o terceiro foguete brasileiro que explode, ele afirmou que "a perseverança é uma virtude" e que o programa vai continuar. Os outros dois explodiram no ar, em 1997 e 1999.
O programa brasileiro prevê ainda a construção de um quarto foguete lançador de satélite.
Viegas disse que os mortos seriam funcionários civis do CTA (Centro Técnico Aeroespacial), da Aeronáutica, que funciona em São José dos Campos (SP).
Para ele, não será possível identificar os corpos. "Não temos a relação dos nomes e não sabemos o número exato, por causa das circunstâncias e das proporções do acidente. Não há como proceder a identificação de corpos. O que está sendo feito é uma lista de chamada para ver as pessoas que estão presentes e deduzir os ausentes", disse o ministro.
"Os técnicos que estavam trabalhando lá, tudo indica que tenham morrido. Não há esperança de que tenha havido sobreviventes", disse. Apesar de o ministro não dar esperança de sobreviventes, nota oficial do Ministério da Defesa trata do "desaparecimento de, até o momento, 16 pessoas que trabalhavam na plataforma do centro de lançamento".
Até as 18h50, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica não tinha o número fechado de mortos ou feridos. Ainda de acordo com a nota do Ministério da Defesa, "as circunstâncias do acidente estão sendo investigadas com o rigor e a rapidez necessários". O ministro disse que foi aberto um inquérito para apurar as causas da explosão.
Viegas deu as declarações pouco antes de reunir-se com Lula, a pedido do presidente.


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