DA ASSOCIATED PRESS

Os EUA lançaram ontem um plano para estudar o aquecimento global, com duração de dez anos e custo de US$ 130 milhões. A principal meta do plano da Casa Branca é acelerar a pesquisa científica sobre as causas naturais de mudanças climáticas. A iniciativa recebeu críticas de ambientalistas, que dizem que o problema real é a redução das emissões industriais de gás carbônico.
O primeiro dos cinco objetivos relatados no projeto de 364 páginas é estudar a "variabilidade natural" da mudança climática. O segundo é achar melhores maneiras de medir os efeitos no clima provenientes da queima de combustíveis fósseis, da produção industrial de gases que contribuam para o aquecimento e de mudanças no uso da terra.
Outros objetivos são a redução da incerteza nas previsões do tempo, melhor entendimento sobre como as mudanças do clima afetam comunidades animais e vegetais e a descoberta de maneiras mais exatas de calcular os riscos do aquecimento global.
Os ambientalistas, no entanto, dizem que o governo está se concentrando demais em causas naturais e reabrindo questões científicas já bem estudadas.
"Parece-me um esforço para adiar a realização de qualquer coisa significativa sobre a questão do clima", disse Lester Brown, da ONG Earth Policy Institute.
"Não podemos mover a ciência mais rápido do que ela anda", disse o secretário assistente de Comércio americano, James Mahoney. "Em algum momento, pode haver debates sobre ações, mas nosso trabalho agora é estruturar a informação", disse Mahoney.


Texto Anterior: Novo a pesquisa já recebe contestação
Próximo Texto: Arqueologia: Estudo revê datação de sítio e traz dúvida sobre ocupação da América
Índice