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Macacos do Brasil saem de lista de ameaçados
Quase 30% das espécies estão sob risco, diz ONG
Conservação Internacional
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O lêmure-gentil, ameaçado por caça e desmate em Madagascar
DA REDAÇÃO
Uma notícia agridoce para os
brasileiros: as três espécies de
primatas que habitam o país e
estavam listadas entre as mais
ameaçadas do mundo saíram
do ranking, cuja nova versão foi
publicada ontem por um grupo
de ONGs ambientais. O alívio
nacional, no entanto, não suaviza a tragédia global: 29% das
394 espécies conhecidas dos
parentes mais próximos do homem estão sob risco de sumir.
Um relatório sobre os 25 primatas (macacos e lêmures)
mais ameaçados mostra que
hoje existem na natureza apenas algumas dezenas de indivíduos de algumas espécies de gibão e langur. E uma espécie de
cólobo-vermelho da África pode estar já extinta.
"Você pode colocar todos os
membros sobreviventes dessas
25 espécies em um só estádio
de futebol. Isso mostra o quão
poucos restam hoje", afirmou o
primatólogo Russel Mittermeier, presidente da Conservação Internacional, uma das
ONGs que assinam o relatório.
As principais ameaças aos
macacos são a destruição das
florestas tropicais, especialmente na Ásia -em parte para
a produção de biodiesel, como
no caso na Indonésia e da Malásia-, o comércio ilegal de animais silvestres e a carne de caça, especialmente na África.
O cólobo-de-waldron, que
habita a Costa do Marfim e Gana, pode estar extinto. E o lóris-esbelto, do Sri Lanka, foi visto
só quatro vezes desde 1937.
Segundo a Conservação Internacional, esforços feitos nos
últimos anos no Brasil têm tido
sucesso em proteger as três espécies nacionais que constavam na última edição da lista,
feita em 2004: o mico-leão-de-cara-preta (Leontopithecus
caissara), o muriqui-do-norte
(Brachyteles hypoxanthus) e o
macaco-prego-do-peito-amarelo (Cebus xanthosternus). Os
três são da mata atlântica.
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