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AMBIENTE
Brasil lança no ar menos carbono que o estimado
CLAUDIO ANGELO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
As emissões de gás carbônico
causadas pelo desmatamento na
Amazônia devem ficar abaixo das
200 milhões de toneladas estimadas por alguns cientistas. O dado
é de um relatório a ser divulgado
em agosto pelo MCT (Ministério
da Ciência e Tecnologia).
O relatório, ainda em fase de revisão pelo ministério, é o inventário nacional das emissões de gases
de efeito estufa. Sua produção é
uma das obrigações do Brasil para
a Convenção do Clima da ONU.
Por ela, o país é obrigado a relatar
que medidas está tomando para
combater o aquecimento global.
O setor energético brasileiro
emite, anualmente, cerca de 70
milhões de toneladas de carbono.
Esse número leva em conta todas
as emissões causadas pela queima
de combustíveis fósseis (petróleo
e derivados), o que põe o Brasil na
confortável - mas não muito-
posição de 17º emissor mundial
do principal gás ligado ao aquecimento anormal da atmosfera.
No entanto, as emissões de carbono pelo desmatamento e de
metano (outro gás que contribui
significativamente para o efeito
estufa) pelo rebanho bovino brasileiro prometiam, uma vez calculadas, elevar a posição do Brasil
no ranking dos principais emissores para quinto ou sexto lugar.
Uma estimativa feita por cientistas que trabalham na Amazônia calculava as emissões por desmatamento em 200 milhões de
toneladas anuais. Por essa estimativa, um habitante da região Norte do país emitiria mais carbono
do que um americano médio.
"O número é muito menor que
isso", disse José Domingos Miguez, do MCT, que coordena o estudo, que usou dados de 1990 a 1994 -portanto, defasados.
Miguez afirmou ontem, durante o 1º Encontro Internacional do
Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, que a primeira versão
do trabalho deve ser apresentada em seminário no início de agosto.
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