São Paulo, sexta-feira, 30 de agosto de 2002

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Flonas podem ser a solução

DA REDAÇÃO

Como os incêndios florestais acidentais são mais comuns em florestas degradadas pela atividade madeireira predatória, ambientalistas acreditam que a saída é criar florestas de exploração, como as Florestas Nacionais (Flonas) que já começam a ser criadas. Só as últimas quatro oficializadas somam quase 13 mil km2 -equivalentes a quase metade de Alagoas (veja mapa acima).
Esta é a visão defendida por pesquisadores de outra ONG, o Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), em artigo estampado hoje na seção de políticas públicas da revista norte-americana "Science" (www.sciencemag.org).
Florestas manejadas devem obedecer a uma série de técnicas para redução do impacto na mata que resta. Quando a retirada de madeira é feita sem planejamento, sobram muito mais clareiras, o que resseca a matéria orgânica sobre o solo e predispõe o sistema para incêndios acidentais.
Para Adalberto Veríssimo, que assina o texto com Mark Cochrane e Carlos Souza Jr., Fernando Henrique Cardoso pode se tornar uma espécie de Theodore Roosevelt brasileiro. Presidente de 1901 a 1909, Roosevelt criou o Serviço Florestal dos EUA, 5 parques nacionais, 51 reservas de vida selvagem e 150 florestas nacionais.
O Programa Nacional de Florestas (PNF) do Ministério do Meio Ambiente, assinado por FHC em 2000, previa a criação de 500 mil km2 de Flonas. Até 2003, já estariam garantidos 100 mil km2.
Se todas as metas forem cumpridas, podem resultar em proteção de 48% da Amazônia. (ML)


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