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Flonas podem ser a solução
DA REDAÇÃO
Como os incêndios florestais acidentais são mais comuns em
florestas degradadas pela atividade madeireira predatória, ambientalistas acreditam que a saída
é criar florestas de exploração, como as Florestas Nacionais (Flonas) que já começam a ser criadas. Só as últimas quatro oficializadas somam quase 13 mil km2
-equivalentes a quase metade de
Alagoas (veja mapa acima).
Esta é a visão defendida por pesquisadores de outra ONG, o Imazon (Instituto do Homem e Meio
Ambiente da Amazônia), em artigo estampado hoje na seção de
políticas públicas da revista norte-americana "Science"
(www.sciencemag.org).
Florestas manejadas devem
obedecer a uma série de técnicas
para redução do impacto na mata
que resta. Quando a retirada de
madeira é feita sem planejamento, sobram muito mais clareiras, o
que resseca a matéria orgânica sobre o solo e predispõe o sistema
para incêndios acidentais.
Para Adalberto Veríssimo, que
assina o texto com Mark Cochrane e Carlos Souza Jr., Fernando
Henrique Cardoso pode se tornar
uma espécie de Theodore Roosevelt brasileiro. Presidente de 1901
a 1909, Roosevelt criou o Serviço
Florestal dos EUA, 5 parques nacionais, 51 reservas de vida selvagem e 150 florestas nacionais.
O Programa Nacional de Florestas (PNF) do Ministério do Meio
Ambiente, assinado por FHC em
2000, previa a criação de 500 mil
km2 de Flonas. Até 2003, já estariam garantidos 100 mil km2.
Se todas as metas forem cumpridas, podem resultar em proteção de 48% da Amazônia. (ML)
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