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Vinhos - Patrícia Jota O prazer de beber sem altas viagens Outras uvas do Vale do Loire Sauvignon blanc, muscadet, cabernet franc e agricultura biodinâmica são alguns dos destaques dessa região Nos cursos que existem por aí, aprende-se que uma das atrações do Vale do Loire -que se esparrama por 600 km, seguindo o curso do rio-, além dos castelos suntuosos, é o seu autêntico sauvignon blanc. Esse branco do Alto Loire, das apelações Sancerre e Pouilly-Fumé, é conhecido por sua longevidade avantajada. Tirei a teoria a limpo quando provei o Fournier La Chaudouillone 2006 que, cinco anos depois de envasado, preservava a fruta e o frescor típicos. Fui atrás dele novamente, mas é a safra 2007 que anda por aí nas prateleiras. Quem beber já, não vai se arrepender, mas fica avisado de que pode esperar um ou dois anos. Na parte oeste do território, em direção ao Atlântico, os aromas mudam de figura. Quem reina nesse pedaço é a uva conhecida como melon de Bourgogne (ou muscadet), que gera brancos despretensiosos. Para imprimir caráter e graça ao vinho, que poderia resultar um tanto insípido, muitos enólogos deixam a bebida, depois de fermentada, em contato com a borra das leveduras durante vários meses. Um processo chamado "sur lie" e que aparece indicado nos rótulos. Na ala dos tintos, a cabernet franc, que entra como coadjuvante nos vinhos de Bordeaux, é a grande dama do Loire, sendo cultivada principalmente na parte central. A região também é conhecida como pioneira na agricultura biodinâmica, tendo como embaixador o produtor Nicolas Joly, autointitulado "assistente da natureza". Hoje, outras empresas do Vale do Loire seguem a cartilha "ecofriendly", e é bom que seja assim.
Barton & Guestier Originel Sauvignon Blanc 2009
Fournier Sancerre La Chaudouilonne 2007
Couly-Dutheil Chinon Clos de L'Echo 2008
La Haute Févrie Muscadet Sèvre et Maine Sur Lie 2008 |
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