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Vinhos - Patrícia Jota O prazer de beber sem altas viagens A galera do Chile Nunca antes a indústria viu nascer tantas associações para roubarem, um instante que seja, os holofotes
O que fazer quando se é um "player" pequeno, sem visibilidade nessa imensa arena que se tornou o universo do vinho, mas que bota fé- muita fé- no seu produto? Nunca antes a indústria dos tintos, brancos e espumantes viu nascer tantas associações que reúnem vinícolas com interesses em comum para roubarem, um instante que seja, os holofotes. Talvez porque o marketing, apesar de não ser a alma do negócio, é hoje o seu motor. Douro Boys, Amarone Families, Primum Familiae Vini, Femmes de Vin são alguns exemplos. Uma das novidades nessa lista é o Movi, Movimento das Vinícolas Independentes, que nasceu em meados de 2009 no Chile e reúne 17 sócios. "Éramos amigos e colegas", diz Felipe García, o porta-voz da turma. "Definimos um plano em que todo o nosso esforço está na divulgação da nova maneira de fazer vinho." O que ele quer dizer com "nova maneira de fazer vinho" é, na verdade, o resgate do artesanal -quando o dono da vinícola envolve-se na concepção do produto e procura criar um vinho que é a sua interpretação daquele "terroir". Em geral, a produção é limitada -em alguns casos, as garrafas vêm numeradas. E não é que a receita deu certo? Fiquei um bom tempo folheando o catálogo cheio de fotos irreverentes dos vinhateiros, no qual pipocam rótulos de imagem criativa. Provei quatro tintos que, se não fosse assim, talvez nunca tivessem despertado a minha curiosidade. Por que eu pararia para ler sobre mais um produtor chileno?
Lagar de Bezana Cabernet Sauvignon Reserva 2007
Gillmore Cabernet Franc Old Vines 2007
Meli Carignan 2008
Erasmo 2006 |
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