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Vinhos - Alexandra Corvo O prazer de beber sem altas viagens Sabor que mora em Portugal Mesmo num país tão quente, nossa raiz europeia fala mais alto: tomamos tintos Achei que seria clichê escrever uma coluna sobre vinhos brancos em pleno verão. Faz calor e esses vinhos são frescos, leves, menos alcoólicos... Muito óbvio? Que nada. O consumo de brancos no Brasil é ridículo em comparação aos tintos. É algo como menos de 20% do total. Mesmo num país tão quente, nossa raiz europeia, portuguesa, sobretudo, fala alto: tomamos tintos, mesmo que isso signifique esperar o inverno. Falando em Portugal, é só cruzar o Atlântico e encontramos um dos brancos mais deliciosos do mundo: os vinhos verdes. O nome pode ser confuso. Muitos pensam: vinho branco, vinho tinto, vinho maduro, vinho verde. Mas não se trata de uma menção à cor e não significa que estejam verdes porque não estão maduros. É o nome da região. Alguns produtores dizem que seu nome vem da paisagem verde exuberante. Outros dizem que é porque as uvas realmente tinham dificuldade de amadurecer pelo clima de influência Atlântica que traz massas úmidas, e também pelos solos frios, graníticos, de rochas quase nuas e expostas. Digo "tinham" porque hoje os produtores dominam técnicas que permitem um melhor amadurecimento das uvas. Suas brancas autóctones -alvarinho, avesso, azal, loureiro, pedernã, trajadura, para citar algumas- amadurecem bem e, ao mesmo tempo, mantêm seu frescor, dando vinhos de aromas delicados, com notas de peras e toques florais. Não tem erro na hora da piscina ou de uma refeição à base de peixes fresquíssimos.
Afros Loureiro 2009
Deu la Deu Alvarinho 2010
Alvarinho Soalheiro 2010
Quinta da Lixa 2009 |
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