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Degustação na rua

Quem for à Virada Cultural deste final de semana poderá provar receitas de chefs badalados de São Paulo a preços camaradas

MARÍLIA MIRAGAIA
DE SÃO PAULO

O projeto Chefs na Rua levará ao centro de São Paulo 22 cozinheiros badalados para preparar receitas que custarão entre R$ 5 e R$ 15 durante a Virada Cultural neste final de semana em São Paulo.

A ideia nasceu da necessidade de o evento ter mais lugares onde comer. "Mas por que não apresentar a cozinha como cultura e inseri-la na programação da virada?" diz Daniela Narciso, sócia da KQi, empresa de eventos que elaborou o projeto.

Seis semanas atrás, a produtora sondou nomes como Alex Atala (D.O.M.), Erick Jacquin (Brasserie Erick Jacquin), Benny Novak (Ici Bistrô) e Rodrigo Oliveira (Mocotó). Segundo ela, todos aceitaram sem titubear.

Heloisa Bacellar, do Lá da Venda, na Vila Madalena, respondeu ao convite com entusiasmo. "As pessoas verão a comida como identidade de São Paulo", disse.

Com isso, será possível provar receitas de chefs famosos sem gastar muito. Caso do puchero, de Janaina Rueda, que é servido em seu bar, o Dona Onça, às quartas-feiras por R$ 46. Durante a Virada, ele custará R$ 10.

BOM E BARATO

Nos dias 21 e 22 de abril, a cidade viveu uma experiência semelhante com o evento O Mercado. Nele, chefs serviram comida de rua no pátio da galeria Vermelho.

Longas filas e a presença de mais de mil pessoas (eram esperadas cerca de 500) mostraram o tamanho do apetite da cidade por comida de rua barata e de qualidade.

Desta vez, o cenário da comilança será o elevado Costa e Silva. Segundo a organização do evento, o espaço é estratégico -além de controlar o fluxo de visitantes, ali é possível manter em cada uma das barracas um ponto de luz, um de água e uma geladeira.

A produtora já pensa em estender o Chefs na Rua, sucesso antecipado em mídias sociais, a outros eventos do calendário da cidade -e quem sabe organizar edições regulares do projeto.

Chefs como Benny Novak afirmam ter disposição para isso. Henrique Fogaça, que participou do Mercado e estará na virada, também. "A ideia é popularizar meu trabalho e começar a mudar o paladar das pessoas."

Fora eventos como a Virada Cultural e feiras de rua e artesanato (em que são vendidos pasteis e itens como yakisoba), que seguem regras próprias, a comida de rua não é regularizada em São Paulo. Cachorro-quente, que tem lei específica, é a única exceção.

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