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Curso on-line reúne alunos para a prova

Repórter acompanha prova de gastronomia que reúne aprendizes do Acre, da Paraíba e até de fora do país

Nas aulas a distância, é preciso substituir ingredientes não encontrados perto da casa dos estudantes

JÚNIOR MILÉRIO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Depois de enfrentarem voos internacionais ou viagens de ônibus de até 12 horas no último sábado, em sala de aula eles foram identificados com um lenço colorido no pescoço. São os alunos do Acre, da Paraíba e até de fora do país que vieram a São Paulo para fazer a prova do curso de gastronomia a distância da Universidade Anhembi Morumbi.

A primeira turma se forma no final do ano. Para os professores é um desafio. Afinal, comida é coisa prática. É preciso colocar a mão na massa.

Para as aulas, a saída foi adaptar ferramentas digitais. Os pratos são feitos em casa e o passo a passo é filmado ou fotografado. Depois, os alunos publicam o processo em blogs e os professores analisam. A avaliação final acontece em quatro encontros presenciais. A reportagem acompanhou a última maratona de testes práticos.

INGREDIENTES

Onildo Rocha Filho, 35, cria ao menos 50 receitas semanais em seu bufê, em João Pessoa. Mas para os professores, o que conta são as criações exigidas para o curso. Para fazer a tarefa de casa, ele conta que precisa adaptar ingredientes de sua região. "Para conseguir o orégano fresco, tive de plantar a erva."

Para Marina de Souza Queiroz Tonete Barbosa, coordenadora do curso, a turma virtual geralmente tem mais autonomia: "Eles aprendem a escolher o melhor produto no mercado ou um similar que possa substitui-lo."

Situação parecida ocorre com o policial rodoviário Armando Mroginski Júnior, 27. "Não tem creme de leite fresco em Rio Branco, por exemplo. Quando venho fazer as provas em São Paulo, aproveito para comprar produtos e utensílios, além de conhecer novos restaurantes", diz ele, que viaja mais de 3.000 km para o encontro.

ON-LINE

Fóruns criados pelos alunos somam-se ao tira-dúvidas oficial do curso, também virtual. Mas é no encontro presencial que se concentra o maior debate -e uma troca mais intensa de informações.

Na prova, modos de preparo de cada receita são sorteados aleatoriamente -ao que parece, é o momento de maior desafio e tensão dos alunos.

Para a última prova, a de cozinha asiática, um decreto é dado pelo professor, Hélio Takeda: "Nunca empreste uma faca!" Obediente, Luciana Fernandes Moreno acata a orientação e segue com a montagem de sushis e sashimis. "Venho de Luxemburgo e gasto muito com passagem. Não posso errar", diz.

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