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Para especialistas, Brasil tem o melhor modelo de plantio

DA ENVIADA ESPECIAL A SALVADOR

O Brasil tem um modelo de plantio de cacau que deve ser seguido por outros países. É o que dizem especialistas presentes do primeiro Salon de Chocolat realizado no Brasil.

"É dos poucos países que têm grande preocupação com sustentabilidade", diz à Folha a portuguesa Filipa Secretin, da Federation of Cacao Commerce (federação do comércio do cacau).

Ela cita a presença de uma legislação trabalhista e o sistema cabruca, que preserva a mata atlântica (veja ao lado).

Os mesmos elementos -sociedade e ambiente- são ressaltados pelo cônsul de São Tomé e Príncipe e por Miguel Martins, do Banco Mundial. "É preciso ter melhores práticas ambientais e sociais, novos materiais genéticos."

COLAPSO

"Existe a perspectiva de um colapso na produção do cacau", diz Filipa Secretin. Para ela, se o consumo continuar a crescer, a capacidade dos produtores de fornecer cacau será insuficiente.

O historiador venezuelano residente na França, Nikita Harwich, que lançará uma enciclopédia de chocolate no ano que vem, considera o problema da superfície disponível. "O cacau é cultivado apenas na zona tropical", diz.

Não há mais espaço para plantar. Por isso, para os especialistas, é preciso que haja uma melhora na produção com renovação de cacaueiros, melhores técnicas de lavoura e variedades clonais.

Para o historiador, há um otimismo para o futuro: "O chocolate era consumido apenas por países ricos, e o cacau produzido por países pobres. Mas há elementos que mostram que isso está mudando, como o caso do Brasil [sexto maior produtor de cacau e terceiro maior consumidor]".

(LUIZA FECAROTTA)

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