São Paulo, quinta-feira, 04 de agosto de 2011

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a fantástica fábrica de acarajés

Chef Rafael Sessenta instalou a máquina que produz os bolinhos embaixo de seu restaurante, em SP

PRISCILA PASTRE-ROSSI
DE SÃO PAULO

Há pouco mais de um mês, o chef baiano Rafael Sessenta trouxe para São Paulo uma máquina de fazer acarajés.
E a instalou embaixo do seu restaurante, o Sotero, recém-aberto no bairro de Santa Cecília, na zona central.
Fora da vista dos clientes, quem vai comer ali nem imagina que exista uma fábrica sob os seus pés.
Ela é capaz de produzir, por dia, 5.000 bolinhos de acarajé (cuja massa é feita com olho de pombo -um tipo de feijão- frita em azeite de dendê e recheada com vatapá e camarõezinhos secos) e 5.000 abarás (a mesma massa, mas cozida no vapor e envolta na palha da bananeira).
"Servimos uns 300 miniacarajés [a porção vem com seis unidades, cada uma do tamanho de uma empadinha, e custa R$ 10] e 50 acarajés grandes [que custam R$ 7, cada um] por dia. Ou seja: bem abaixo do que a máquina pode produzir", diz Sessenta, que tem planos de aumentar a produção vendendo kits de acarajé que os clientes possam levar para casa e esquentar em forno ou micro-ondas.
Ele conta que a máquina foi inventada em Salvador, há cerca de três anos, por um senhor de 80 anos, cansado de passar as noites ajudando a mulher a preparar a massa para vender no dia seguinte.
"A invenção do seu Manoel aumentou a produção das baianas de tabuleiro de dezenas para milhares por dia, respeitando todas as etapas artesanais, como a lavagem e a retirada do olho do feijão."
Para avaliar se um acarajé é bom, ensina: o ideal é a massa ficar leve e aerada.


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