Projeto reversível, como uso de painéis de correr, não prejudica preço em caso de comprador conservador

DA REPORTAGEM LOCAL

Que tal um banho de imersão enquanto assiste à TV que fica ao lado da cama? Banheira no quarto é um estímulo ao uso do acessório, que pode ser esquecido no canto do banheiro passada a euforia pós-instalação.
"O banho fica muito mais relaxante sem o confinamento numa clausura cheia de vapor", afirma o arquiteto João Paulo Rubiano Barbosa, 27.
Mas a arquiteta Adriana Rossi lembra que o projeto deve considerar usos futuros, até a venda do imóvel. "Como todo tipo de personalização, pode desvalorizá-lo", lembra.
Painéis de correr que substituem simultaneamente paredes e portas permitem isolar os ambientes quando necessário.
Já paredes de vidro possibilitam a integração visual, que pode ser interrompida por persianas. "Podem ser ainda substituídas por "dry wall" por um eventual comprador que queira privacidade", diz Rossi.
Outro problema relacionado à migração da banheira é o vapor. Para evitar que o dormitório fique esfumaçado ou muito aquecido, o ideal é que ela esteja próxima a uma janela -uma cortina pode resguardar a privacidade do banhista.
Umidade e respingos exigem mais recursos na limpeza. "Há resinas impermeabilizantes e antiderrapantes, mas a pessoa deve ser cuidadosa ao usar [a banheira]", pondera Rossi.
Além do relaxamento, a banheira no quarto também tem um apelo sensual. A maioria dos clientes que solicitam esse tipo de projeto moram sozinhos, segundo arquitetos entrevistados pela Folha. (DF)

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