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São Paulo, domingo, 24 de agosto de 2003

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ACABAMENTO

Elas são mais eficientes que alguns tipos de tintas na hora de formar uma barreira para proteger a alvenaria

Texturas ajudam no combate à umidade

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Apesar de ficar do lado de fora da parede, a textura pode servir para solucionar problemas que nascem na estrutura da casa.
Segundo especialistas, ela é capaz de formar boa barreira contra a umidade na alvenaria. "Repele a água e é mais eficiente do que alguns tipos de tintas, como as foscas, que protegem, mas permitem a permeabilidade", avalia Luiz Antonio Piva, 39, gerente de grupos de produtos da Suvinil.
A arquiteta Telma Sabadin, 37, aprova essa faceta. "Uma das paredes do meu escritório sofre bastante com umidade. Apliquei a textura há dois anos e ela está aguentando bem", exemplifica.
Ela resolveu usar o mesmo recurso para revestir o muro da morada da jornalista Cláudia Piche, 37. Por estar em contato com a terra do jardim, ele absorve muita água do solo.
"Da primeira vez, pintei. Em um mês surgiram várias bolhas", conta a moradora. "Aplicamos a textura em abril deste ano e até agora não notamos esses sinais."
"A textura resiste mais à umidade do que a pintura porque ganha em espessura e aderência às superfícies", atesta Eliene Ventura da Costa, 36, engenheira do departamento técnico da Otto Baumgart.

Pressão
Mas ela pondera que isso só vale para produtos de boa procedência, porque, para cumprir esses requisitos, a textura deve ter hidrofugantes (que repelem a água) e bom adesivo na fórmula.
"Se a pressão de água no local não for muito grande, pode-se aplicá-la. Caso contrário, é melhor refazer o reboco da superfície, aplicando um produto cristalizante [para impermeabilização] antes do chapisco."
A textura também ajuda a regularizar paredes imperfeitas de um modo mais rápido e econômico do que as tintas.
Em vez de corrigir as irregularidades com massa-corrida -procedimento indispensável para fazer a pintura-, ela pode ser aplicada diretamente sobre a superfície em questão.
"Corrige defeitos e dá homogeneidade sem quebrar a parede", comenta José Humberto Souza, 39, supervisor de atendimento ao cliente da Sherwin-Williams.
Piva acrescenta que, para facilitar o trabalho, antes é preciso aplicar uma demão de selador acrílico, em paredes externas que ainda não foram pintadas, ou um líquido-base (paredes internas).
Seu único senão pós-reforma ocorre na hora de fechar um buraco aberto para consertos nas instalações. "Para refazê-la, é preciso nivelar toda a parede com massa-corrida. Com a tinta, refaz-se apenas aquele ponto", diz Piva.
Quando o assunto é consertar trincas e fissuras, as tintas levam vantagem sobre as texturas.
Depois da correção do problema com a aplicação de um fundo preparador (no caso das fissuras), de um elastômero (Selatrinca) e de uma manta de poliéster (para trincas), as tintas são mais flexíveis que as texturas para acompanhar o movimento da argamassa e da estrutura, segundo Piva.

Azulejos
A economia de materiais também se aplica quando se trata de substituir revestimentos.
Sabadin conta que já usou texturas sobre azulejos antigos em uma reforma. "Pintamos os da cozinha e fizemos a textura na copa da casa. Economizamos tempo e dinheiro, porque não precisamos trocar o material."
Para quem prefere tirar os azulejos, a textura também pode ser aplicada sobre a massa fina.
(BRUNA MARTINS FONTES)

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