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Troca de aparelhos e fontes alternativas auxiliam economia
Placa fotovoltaica e gás dispensam eletricidade
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os aparelhos eletroeletrônicos
são a chave para dar mais força à
economia de energia. Para ajudar
na escolha, o Ministério de Minas
e Energia (MME) lançou o Procel
(Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e, com
o Laboratório de Eficiência Energética em Edificações da UFSC, o
projeto da Casa Eficiente.
O objetivo é pesquisar soluções
inovadoras para o uso racional de
energia e servir de vitrina para
tecnologias de ponta em eficiência energética e conforto ambiental (veja www.eletrobras.gov.br/
procel/site/home).
A troca dos "gastões" de energia
começa pelo chuveiro elétrico,
que consome de 25% a 40% do total da casa e pode dar lugar ao
aquecimento solar.
Segundo Ricardo Rüther, coordenador da área fotovoltaica do
Labsolar (Laboratório de Engenharia de Processos e Tecnologia
de Energia) da UFSC, o gasto para
instalar o sistema é de R$ 2.000 a
R$ 3.000, e o retorno do investimento vem em quatro anos.
A equipe do professor Teófilo
Miguel de Souza desenvolveu um
aquecedor solar inteligente, que
leva a água a atingir temperaturas
três vezes maiores e custa dez vezes menos que os convencionais.
Seu custo aproximado é de
R$ 300, segundo o professor. Seus
componentes são os responsáveis
pela queda no custo: o motor que
movimenta a placa para acompanhar a trajetória do sol, por exemplo, é similar ao de uma furadeira
elétrica. O grupo também projetou outro modelo de aquecedor,
fixo, que é ainda mais econômico,
pois não tem motor.
Em prédios, é difícil instalar o
aquecedor solar. A solução é o
aquecimento a gás, que proporciona cerca de 5% de economia na
conta de energia elétrica.
O gás também abastece eletrodomésticos mais econômicos, como secadoras e geladeiras (veja
quadro à esquerda). Mas essa opção não seduz os especialistas.
"Em áreas urbanas, não faz muito
sentido usar aparelhos a gás", critica Roberto Lamberts, da UFSC.
Para ele, as geladeiras elétricas são
muito eficientes.
Geração de energia
Outra opção para reduzir o consumo de eletricidade é a geração
por placas fotovoltaicas, que
transformam a luz do sol em
energia elétrica. É o que vai acontecer quando a Casa Eficiente estiver pronta, conta Rüther.
"É possível gerar toda a energia
de que uma casa precisa. Depende
de espaço no telhado e da localização da casa", conta. O sistema,
porém, ainda é muito caro.
Em países como Alemanha, Japão e Estados Unidos, já há incentivos nesse sentido. Na Alemanha,
arrojada na área, o consumidor
instala o sistema e, daí em diante,
a tarifa de energia passa a custar
cinco vezes menos do que a energia que ele "vende" ao governo.
"Vira um bom negócio", avalia
Rüther. No Japão e nos Estados
Unidos, o governo financia parcialmente a instalação da tecnologia. No Brasil, cada kWh residencial que provém da rede elétrica
custa cerca de R$ 0,40. O kWh fotogerado custa R$ 0,70.
"Se houvesse incentivo de 50%
do governo, o custo já seria competitivo. Na Europa, pessoas fazem grupos para financiar a tecnologia para uso coletivo."
Para não desperdiçar eletricidade, é bom ficar de olho em fios e
cabos adequados para a instalação elétrica. Segundo Edson Martinho, consultor do Procobre
(Instituto Brasileiro do Cobre), é
importante observar se o cabo
possui selos do Inmetro (Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) e de
pelo menos uma certificadora.
O dimensionamento dos cabos
é essencial para evitar desperdício
e incêndios, pois o fio errado sobrecarrega o sistema. Em imóveis
residenciais, o fio das tomadas deve ter no mínimo 2,5 mm2.
Para um chuveiro elétrico, o
ideal é um fio de 6 mm2. Os disjuntores têm de ser de boa qualidade, com selo do Inmetro.(RGV)
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