São Paulo, domingo, 31 de outubro de 2004

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EMERGÊNCIA

Problemas hidráulicos pedem maior urgência no socorro; em alguns casos, vale calafetar a área danificada

Vazamento leva sossego por água abaixo

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Para quem está diante de um apagão, de um "dilúvio" ou da porta de casa sem a chave, os minutos parecem passar lentamente. Mas para os que vêm em socorro, o tempo para chegar ao local é bem curto, já que, a seu favor, eles contam com a calmaria da cidade nos horários "alternativos".
"Em 15 minutos, eles vieram e fizeram uma chave nova da minha casa", recorda o coordenador de vendas Rogério Afonso dos Santos Lima, 34, cliente há dois anos do chaveiro A Gaivota. Ele já chamou a empresa em cinco ocasiões. Na última, percebeu que havia perdido a chave à 1h.
"Chegamos em 30 minutos, dependendo da distância", afirma Francisco de Assis do Nascimento, 50, proprietário da Maipva Elétrica e Hidráulica.
Para encurtar a espera, vale tentar conter o problema. "Se a rede elétrica foi muito danificada, pode-se fazer uma ligação provisória. No caso de um cano furado, uma massa de calafetação contém provisoriamente o vazamento", exemplifica Franklin Rodrigues, 31, sócio da empresa A Gaivota.

Água rebelde
Problemas com água são os que requerem socorro mais ágil, especialmente em condomínios. Nesses casos, vale recorrer a uma reunião de emergência. Foi o que aconteceu em um edifício atendido por Lidio Gaudino de Carvalho, da Assistência Angélica, pioneiro nesse tipo de auxílio na cidade. "Todo mundo no bairro sabia onde eu morava. Cansei de ouvir baterem à minha porta pedindo socorro e resolvi oficializar o serviço", conta.
Na noite de Natal do ano passado, ele foi chamado pelo síndico porque a água do temporal que caía estava enchendo os poços dos elevadores. A solução foi drená-la rapidamente com uma bomba. "Cheguei em casa depois da meia-noite, todo sujo", conta.
Reparo na bomba de recalque, que leva a água da rua para a caixa-d'água do prédio, "é serviço de extrema urgência", alerta Lúcio Maier, 35, sócio da Fum, especializada no atendimento a ocorrências em condomínios.
"Ontem, fomos conter o estouro de uma caixa-d'água durante a madrugada", afirma George Argolo Santos, 43, proprietário da GA Chaveiro, que tem carro e moto para agilizar reparos nas instalações elétrica e hidráulica.
Já a tradutora Luciana Grotti Bechelli, 29, não teve dificuldades para desentupir, em pleno sábado à tarde, os ralos do banheiro de sua casa. "Quando o banheiro começou a alagar, lembramos da apólice do seguro do nosso carro, que dá direito ao atendimento residencial 24 horas. O socorro foi rápido", explica.

Lojas 24 horas
Segundo profissionais, mesmo de madrugada dá para encontrar a salvadora peça que é indispensável para o conserto.
"As empresas carregam apenas o material essencial: ferramentas básicas e itens sobressalentes. Mas, como muitas lojas ficam abertas em horários alternativos, todos os serviços podem ser feitos", avalia Nascimento.
A dificuldade maior fica por conta do barulho. Quando um reparo demanda algum tipo de quebra-quebra ou de acabamento minucioso, não termina durante a madrugada, e sim no dia seguinte.
Se o serviço de emergência não for satisfatório, o cliente não é obrigado a contratar a mesma empresa, que precisa ter aprovado um orçamento detalhado para fazer o conserto. (NB)


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