São Paulo, sábado, 01 de janeiro de 2011

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Em Itu, 65 mil participaram de 10 festivais

DA ENVIADA ESPECIAL A ITU

Em Itu, onde a prefeitura diz que não libera alvará para raves, pelo menos dez festivais de música eletrônica aconteceram neste ano, somando 65 mil participantes.
Seus organizadores garantem que seguem as normas, mas afirmam que passam sufoco para atender as exigências da legislação local.
A Prefeitura de Itu exige desde julho deste ano 33 documentos que atestam a estrutura de socorro e segurança: uma ambulância, um enfermeiro e dois socorristas a cada 5.000 pessoas e um segurança a cada cem.
De acordo com o advogado da área cultural Tadeu Bismara Filho, os organizadores só conseguem cumprir os prazos se prepararem tudo com muita antecedência.
As preocupações da prefeitura são com o uso de drogas e com a segurança -a administração alega que ocorrem brigas nessas festas.
Na festa presenciada pela reportagem na cidade, no mês passado, pelo menos um dos objetivos não foi cumprido, apesar da revista rigorosa na entrada. A Folha flagrou o consumo de um "doce" -como os frequentadores das raves chamam o ácido lisérgico- e de maconha.
Frequentadores se dividem sobre a proibição a raves. "Acho que a droga não está associada às raves, mas à juventude de hoje", disse um estudante de 23 anos do município de Sumaré.
A Folha encontrou jovens que se deslocaram cerca de 400 km de cidades onde há proibição para ir a uma rave em Itu. Foi o caso de Juliana Ferrari, 23, que percorreu 390 km, de São José do Rio Preto. Ela trazia na ponta da língua o nome dos DJs que se apresentariam em Itu em três "stages" (palcos).
Apesar da revista rigorosa, ela se disse a favor das regras. "Vi barrarem até desodorante", diz. Seguranças não a deixaram entrar com as frutas que levou. (EO)


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