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Lula retoma indenização por arma devolvida
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou ontem à noite uma medida provisória que
altera o Estatuto do Desarmamento com o objetivo, segundo
o governo, de reduzir o número
de armas de fogo irregulares no
país. A principal mudança torna permanente a política de indenização para quem devolver
arma sem registro. Os valores
serão fixados pelo Ministério
da Justiça.
A política de indenização
funcionou só enquanto durou a
campanha do desarmamento.
Os valores pagos à época iam de
R$ 100 a R$ 300.
A nova medida, que será publicada hoje no "Diário Oficial"
da União, também amplia o
prazo e reduz os custos do registro de armas de fogo. O novo
prazo para o registro é 31 de dezembro deste ano, e os valores
variam dependendo da data em
que for feito, ficando entre R$
30 a R$ 60. Ou seja, quanto
mais cedo, mais barato fica para a pessoa que precisava registrar a arma.
Em 2007, o governo chegou a
editar duas medidas provisórias ampliando o prazo de cadastramento de armas e reduzindo o custo do registro. A primeira delas foi retirada da Câmara dos Deputados, antes de
ser votada. A segunda foi considerada inconstitucional pelo
STF (Supremo Tribunal Federal). Com isso, não havia base
legal para a regularização das
armas que não têm o registro
da Polícia Federal. Estima-se
que haja no país 4,5 milhões de
armas, das quais só 500 mil receberam o novo registro, exigido a partir de 2004, com o Estatuto do Desarmamento. As com
credenciamento estadual são
consideradas ilegais.
Segundo o "Mapa da Violência", entre 2003 e 2004 houve
uma redução de 5,3% no número de mortes por arma de fogo.
A queda se repetiu nos anos seguintes: 2,8% de 2004 para
2005 e 1,8% em 2006.
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