São Paulo, sexta-feira, 01 de fevereiro de 2008

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Guarujá tem 2ª chacina em menos de 48 h

Crime deixou 4 mortos; horas depois, na madrugada de ontem, mais três morreram em uma chacina em Itapevi (Grande SP)

Casos elevaram para 20 o número de mortos em cinco chacinas ocorridas no Estado neste ano; janeiro de 2007 registrou nove mortos

MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM GUARUJÁ

LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Quatro pessoas morreram anteontem à noite na segunda chacina em menos de 48 horas no Guarujá (87 km de São Paulo). Horas depois, já na madrugada de ontem, três jovens morreram em uma chacina em Itapevi (Grande São Paulo).
Esses dois casos elevaram para 20 o número de mortos em cinco chacinas ocorridas no Estado de São Paulo neste ano.
Em janeiro de 2007 aconteceram três chacinas no Estado, que deixaram um saldo de nove mortos. No ano passado inteiro o número de vítimas chegou a 117 em 20 casos.
No Guarujá, o crime ocorreu às 21h de anteontem. Homens armados, ocupando motos, atiraram contra um grupo que estava em frente a um bar. Nelson de Carvalho Caetano, 33, Luciano Ícaro da Silva, 30, e Ricardo Pellegrini Lopes, 21, morreram na hora. Outras três pessoas foram socorridas. Michel Bezerra Santana, 25, que estava entre os feridos, não resistiu. As outras duas vítimas, um rapaz de 20 anos e uma mulher de 52, continuavam internados.
Outros dois homens também foram assassinados no Guarujá entre a noite de anteontem e a madrugada de ontem.
A chacina de Itapevi ocorreu em um corredor do conjunto habitacional de Vila Gióia, por volta de 1h30 de ontem -local freqüentado por consumidores de drogas, segundo a polícia.
Pelo menos um motoqueiro armado chegou ao local com o rosto coberto por uma máscara e rendeu um grupo de mais de dez jovens. A maior parte dos integrantes do grupo conseguiu escapar. Uma garota e um menino de 11 anos foram poupados, segundo testemunhas.
O ajudante Maílson Silva Cruz, 17, o servente Luís Alberto Fumes Melo, 24, e o estudante Felipe Miranda Silva,15 foram obrigados a se ajoelhar no chão e acabaram baleados.
Cruz, Melo e Silva foram levados a prontos-socorros, mas não resistiram.
Familiares disseram desconfiar da participação de pelo menos um PM no crime.


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