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Ensaio na quadra aquece foliões para o Carnaval
WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O som ensurdecedor da bateria ecoa entre os edifícios do
Bexiga, na Bela Vista (centro de
SP), às 20h de uma quinta-feira. É quando 12 universitários,
com cervejas na mão e algum
samba no pé, dançam e cantam
o enredo decorado ali mesmo
-são foliões de um Carnaval
que só começa em três semanas, mas que já esquenta nos
ensaios das escolas.
"É algo que se vê na televisão
e que aqui está perto", diz a estudante da USP Kera Medeiros,
23, sambando na quadra da
Vai-Vai. E a bateria da escola dá
o tom da festa. Enquanto baianas rodam vestidos brancos,
dezenas de crianças pulam e a
madrinha da bateria recebe a
faixa dos músicos. No palco, os
intérpretes cantam o enredo.
"Aqui vem todo tipo de gente", diz o presidente, Thobias
da Vai-Vai, que calcula: são
3.000 pagantes por ensaio (R$
10 a entrada), fora o consumo
dos bares e barraquinhas. Vinte
homens cuidam da segurança.
Todas as 14 escolas do grupo
especial realizam ensaios nas
suas quadras de uma a três vezes por semana. O preço vai de
R$ 5 (só para homens) na Leandro de Itaquera a até R$ 20 na
Rosas de Ouro.
Para o diretor de harmonia
da Rosas de Ouro, João Ricardo
Dias, mais que um divertimento, o ensaio é uma forma de capitalizar a escola para os gastos
(que chegam a R$ 2 milhões) de
preparar um desfile.
Mas os ensaios que realmente servem para aprimorar notas
no desfile de competição são os
técnicos, no sambódromo do
Anhembi. Cada escola ensaia
com mestre-sala, porta-bandeira e até com todos os seus
integrantes na avenida.
Informações sobre os ensaios:
www.ligasp.com.br
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