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Com novo traçado, a área de mata atlântica é ampliada e a população poderá conhecer outras trilhas e opções de passeio
Floresta da Tijuca ganha hoje novo mapa
ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO
A floresta da Tijuca (zona norte
e oeste do Rio de Janeiro) ganha
hoje um novo mapa, elaborado
pela Prefeitura do Rio e pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que deve facilitar o trabalho dos que estudam o
local e dos turistas que pretendem
explorar trilhas, cascatas, grutas e
pontos de interesse histórico.
Com 14,8 milhões de m2, a floresta faz parte do Parque Nacional
da Tijuca (34,5 milhões de m2),
que abriga ainda outros dois setores de mata atlântica: a serra da
Carioca e o Corcovado (onde fica
a estátua do Cristo Redentor) e a
Pedra da Gávea e Pedra Bonita
(onde há uma rampa para a prática de vôo livre).
O mapa é mais completo do que
o elaborado em 1992. Nele, há indicações de novas trilhas.
Por razões de segurança, no entanto, nem todas as trilhas estarão
no mapa. Para evitar que traficantes conheçam novos caminhos na
floresta e para que turistas não se
arrisquem em trilhas menos seguras, a Secretaria Municipal de Urbanismo só oferecerá o levantamento completo das trilhas para
polícia, bombeiros ou pessoas autorizadas pela prefeitura.
Apesar desse cuidado, o diretor-executivo do Parque Nacional da
Tijuca, Celso Junius, diz que a floresta da Tijuca é segura. "Na floresta, temos controle de todos os
veículos ou visitantes que entram
e saem. Essa área do parque é
muito segura e quase não há ocorrência de casos policiais."
A vegetação que recobre a área
hoje é resultado de um processo
de reflorestamento. O uso predatório da mata natural, que levou à
sua devastação, durou até 1861.
O novo mapa acabou incorporando à área da floresta mais três
setores, o que fará com que ela
cresça dos atuais 14,8 milhões de
metros quadrados para 15,7 milhões de metros quadrados.
A prefeitura e o Ibama estão sugerindo também a incorporação
de mais duas áreas ao Parque Nacional da Tijuca.
O mapa da floresta listou 102
pontos de interesse. Foram classificadas novas trilhas, como a Circular Externa Major Archer, que
passa por picos mais altos e caminhos mais íngremes, e a Circular
Interna Castro Maia, que cruza
vales mais baixos e pontos históricos de mais fácil acesso.
O Ibama também está preparando um guia com as trilhas do
Parque Nacional da Tijuca, que
deverá ser lançado ainda neste
ano. O órgão recomenda que turistas que não conheçam a área e
queiram explorar caminhos de
acesso mais difícil parem, primeiro, no centro para obter informações sobre as trilhas.
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