Atendimentos em hospitais infantis de SP dobraram; problemas vão de resfriados até pneumonias

MÁRCIO PINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

LÍVIA SAMPAIO
DO "AGORA"

A chegada do outono facilita o aparecimento de problemas respiratórios em crianças e já dobra o número de atendimentos em hospitais da capital.
É o caso do hospital infantil Sabará, em Higienópolis (região central), onde a média diária de crianças que visitam o pronto-socorro saltou de 200 para 450, a maioria com problemas que vão de resfriados até pneumonias.
No hospital municipal infantil Menino Jesus, na Bela Vista, mães e filhos disputavam ontem espaço nos bancos do pronto-socorro, onde o número de atendimentos também dobrou. Segundo usuários, era preciso esperar duas horas pelo atendimento.
A dona-de-casa Aline Oliveira Silva, 19, tentava fazer com que o filho Enzo, 1, ficasse quieto para receber a inalação. "Ele está chorando muito e com febre. Ele ficou ruim na sexta", disse Aline, que desconfia que o menino tenha contraído gripe da irmã dele.
Segundo a pediatra Fátima Rodrigues Fernandes, gripes e resfriados são mais comuns no outono e no inverno porque o ar fica mais seco -e as gotículas emitidas com a tosse ou os espirros ficam mais tempo no ar.
"As crianças são mais atingidas porque estão com o sistema imunológico em desenvolvimento e ficam bastante tempo em locais fechados, como escolas e creches", afirma.
Por isso, a pediatra aconselha os pais a deixarem os filhos em locais arejados e a hidratá-los. Caso haja alguma alteração, pode-se usar remédios sintomáticos recomendados por um pediatra, como antitérmicos. Se os sintomas persistirem ou aumentarem, a recomendação é procurar um médico.
Ontem, a cidade de São Paulo registrou a temperatura mais fria da madrugada do outono deste ano (15,6C) -a umidade relativa do ar foi de 57% à tarde.


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