DA REPORTAGEM LOCAL

Hoje, às 14h30, o governo estadual faz audiência pública para divulgar o balanço do primeiro quadrimestre deste ano e deve definir o percentual de reajuste salarial a ser proposto aos servidores estaduais da saúde, em greve desde o último dia 10.
Segundo o Sindsaúde (sindicato dos servidores estaduais da saúde), a paralisação continua pelo menos até a próxima quinta-feira, quando a categoria realiza uma nova assembléia. Segundo o sindicato, há 37 mil servidores em greve. Para a Secretaria da Saúde, são 3.000.
Publicado no último dia 28 no "Diário Oficial" do Estado, o balanço do quadrimestre mostra que o governo gastou 46,39% com pessoal, abaixo do limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A legislação estabelece dois tetos de gastos para pagamento de pessoal. Um é o chamado limite legal, estabelecido em 49%; o outro é o prudencial, de 46,55%.
Segundo o Sindsaúde, o governo pode dar o reajuste de 30% pleiteado pelos servidores, gastando, até o final deste ano, 17% do que economizou ao não atingir o limite legal.
O sindicato não consegue informar o número preciso de casos sem atendimento nos hospitais desde o início da greve.
O Hospital do Servidor Público Estadual, por exemplo, que atende em média 2.800 pacientes por dia, está realizando apenas os considerados urgentes. O Hospital de Vila Nova Cachoeirinha é outro exemplo. De 500 consultadas diárias, a instituição passou a realizar apenas cem.


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