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Conselho mantém divisão por disciplinas nas escolas
Da proposta do MEC, só é aceita integração entre áreas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O CNE (Conselho Nacional
de Educação) aprovou ontem
um programa do Ministério da
Educação que incentiva mudanças no currículo do ensino
médio, mas não acaba com a divisão por disciplinas.
A intenção inicial do MEC
era organizar o ensino em quatro áreas temáticas (línguas,
matemática, ciências humanas
e ciências exatas e biológicas).
"A ideia é não oferecer mais
um currículo enciclopédico,
com 12 disciplinas, em que os
meninos dominam pouco a leitura, o entorno, a vida prática",
disse à Folha na ocasião a secretária de Educação Básica do
MEC, Maria do Pilar Lacerda.
No CNE, a proposta se transformou em um estímulo a uma
integração maior entre as
áreas. Segundo a conselheira
Maria Izabel Noronha, desde a
proposta original do MEC,
"nunca se falou em tirar nem
pôr disciplina". "É o tratamento metodológico que vai fazer
com que uma área dialogue
com a outra", afirmou.
O objetivo do projeto enviado pelo MEC ao CNE é dar
mais verbas a escolas que implementem as modificações
propostas para tentar tornar
mais atrativo o ensino médio,
etapa que apresenta altos índices de repetência e evasão.
Entre as mudanças propostas, está a ampliação da carga
horária das atuais 2.400 horas
nos três anos para 3.200. No
turno diurno, isso poderia ser
feito ou com o aumento do número de horas-aula por dia ou
então ampliando a duração do
ensino médio. Essa segunda
opção seria a única válida para
o ensino médio noturno.
O MEC ainda não sabe o valor exato para esse programa,
mas será algo "entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões" para
em torno de cem escolas, segundo o ministro Fernando
Haddad (Educação).
Professores
Foram abertas ontem inscrições para 54 mil vagas em universidades federais e estaduais
a serem oferecidas no segundo
semestre a professores da rede
pública sem formação adequada. As vagas são resultado de
acordos entre MEC, universidades públicas e 21 Estados.
Serão oferecidos três tipos de
curso: a primeira licenciatura,
para quem não tem diploma; a
segunda, em metade do tempo,
para quem é formado em área
diferente daquela em que atua;
e a formação pedagógica, para o
professor que tem bacharelado
na área, mas não licenciatura.
Para se candidatar a uma vaga, o docente deverá acessar
http://freire.mec.gov.br.
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