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foco
Colégio de São Paulo terá ensino médio dividido em quatro grandes áreas
DA REPORTAGEM LOCAL
Por muito tempo, a escola
Viva, na Vila Olímpia, zona
oeste de São Paulo, foi considerada "alternativa", distante
do sistema de ensino das escolas tradicionais da cidade.
Matérias como expressão
corporal e artes faziam parte
do currículo obrigatório, e os
conteúdos eram passados para os alunos com base em projetos, abordados por todas as
disciplinas ao mesmo tempo.
Ano que vem, ironicamente, a escola vai adequar-se à
tendência: dividirá o ensino
médio nas mesmas áreas que
o Enem 2009 - linguagens,
códigos e suas tecnologias;
matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e
suas tecnologias; e ciências
humanas e suas tecnologias.
Cada uma das quatro áreas
abriga um grupo de disciplinas, que são planejadas juntas. "Em ciências da natureza,
por exemplo, os professores
de biologia, física e química
criam articulações. Há um
grupo de assessores externos
que elabora trabalhos dessas
três disciplinas em conjunto",
explica o diretor do ensino
fundamental e médio da escola, Francisco Ferreira.
"Foi uma feliz coincidência
criarmos o ensino médio nesse momento, em que há um
contexto favorável. Se fosse
em outros tempos, teríamos
uma grande pressão para focar só no conteúdo", diz.
O conceito não é novo em
escolas como a Politeia, de linha democrática (onde os estudantes participam de todas
as decisões da escola).
Todo o aprendizado no colégio de ensino fundamental
é feito por "trilhas de conhecimento", diz a sócia fundadora da escola Carol Sumie.
Uma das trilhas deste ano,
por exemplo, chamava-se
"nossa escola, nosso bairro".
Ela estimulou os alunos a
saírem pela região do parque
da Água Branca (na área central de São Paulo), onde está
localizada a escola, com o objetivo de estudar o bairro.
Entre as tarefas que os estudantes tinham que realizar,
estavam entrevistas com moradores (para pesquisar história), escrever uma revista
sobre o que viram e ouviram e
fazer uma maquete, onde trabalharam conceitos matemáticos. Desta forma, todo conteúdo obrigatório por lei é
passado para os estudantes,
segundo a sócia da escola.
(TALITA BEDINELLI)
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