São Paulo, sábado, 01 de dezembro de 2007

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Jovens pardos são principais protegidos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um adolescente pardo, de 16 anos e envolvido com o narcotráfico é o perfil mais comum entre os 465 incluídos no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte.
O programa, do governo federal, atua diretamente em cinco Estados (ES, MG, PE, RJ e SP) e, por meio de convênios, com os demais. "A ação é drástica. Só ingressa se não houver outras formas [para cessar as ameaças]", diz a coordenadora-técnica do programa, Luana Bottini.
Cerca de 60% dos usuários estavam envolvidos com o narcotráfico. No Rio, esse percentual atinge os 70%, segundo o Projeto Legal, entidade que executa o programa de proteção no Estado.
Outro motivo para inclusão é a exploração sexual e de prostituição -3% dos casos.
Camila (nome fictício) é um exemplo. Aos nove, foi vendida pela mãe a agenciadores de prostituição e explorada por nove meses. Após uma denúncia, entrou no programa. Hoje, vive com familiares, longe da mãe.
Crianças e adolescentes ficam em média seis meses no programa, sempre sob o acompanhamento de psicólogos, advogados, assistentes sociais e educadores.
As meninas são maioria -L., que ficou presa com homens no Pará, é uma delas.
Se incluídos, os jovens mudam de bairro ou de cidade e cumprem regras. Quase metade é desligada por descumprimento das normas (26%) ou por evasão (20%). (ES)


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