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perfil
Jovens pardos são principais protegidos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um adolescente pardo, de
16 anos e envolvido com o
narcotráfico é o perfil mais
comum entre os 465 incluídos no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte.
O programa, do governo
federal, atua diretamente em
cinco Estados (ES, MG, PE,
RJ e SP) e, por meio de convênios, com os demais. "A
ação é drástica. Só ingressa
se não houver outras formas
[para cessar as ameaças]",
diz a coordenadora-técnica
do programa, Luana Bottini.
Cerca de 60% dos usuários
estavam envolvidos com o
narcotráfico. No Rio, esse
percentual atinge os 70%, segundo o Projeto Legal, entidade que executa o programa
de proteção no Estado.
Outro motivo para inclusão é a exploração sexual e de
prostituição -3% dos casos.
Camila (nome fictício) é
um exemplo. Aos nove, foi
vendida pela mãe a agenciadores de prostituição e explorada por nove meses.
Após uma denúncia, entrou
no programa. Hoje, vive com
familiares, longe da mãe.
Crianças e adolescentes ficam em média seis meses no
programa, sempre sob o
acompanhamento de psicólogos, advogados, assistentes
sociais e educadores.
As meninas são maioria
-L., que ficou presa com homens no Pará, é uma delas.
Se incluídos, os jovens mudam de bairro ou de cidade e
cumprem regras. Quase metade é desligada por descumprimento das normas (26%)
ou por evasão (20%).
(ES)
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