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Aprovados para vaga de fotógrafo querem reunião com secretário
DA REPORTAGEM LOCAL
Candidatos do concurso de
fotógrafo pericial, suspenso na
última sexta-feira pela Secretaria da Segurança Pública por
suspeita de fraude, pediram ao
secretário Antonio Ferreira
Pinto que receba uma comissão
formada pelos aprovados por
"méritos próprios".
O concurso teve 17.621 inscritos, que pagaram R$ 32,74
de inscrição. A média foi 165
candidatos para cada uma das
107 vagas. Na segunda fase
(prova oral), foram 415.
Ontem, a Corregedoria-Geral da Polícia Civil de São Paulo
passou a analisar as provas de
todos os candidatos em um inquérito policial aberto para investigar a fraude. O diretor da
Academia da Polícia Civil, Adilson José Vieira Pinto, será intimado a depor.
De acordo com o candidato
André Carlos Vaz da Silva, que
foi aprovado no concurso e
aguarda para se tornar fotógrafo do IC (Instituto de Criminalística), o objetivo da conversa
com o secretário é saber se,
confirmada a fraude, ele determinará a anulação de todo o
concurso ou irá retirar apenas
as pessoas favorecidas.
Conforme a Folha revelou
ontem, candidatos parentes de
diretores do IC conseguiram
passar na prova mesmo não
respondendo a boa parte da
prova oral.
Um deles, André das Eiras
Braiani, é parente de José Domingos Moreira das Eiras, diretor-geral do IC.
Silva disse que, antes de se
reunir com o secretário Ferreira Pinto, o próprio grupo de
candidatos fará uma pauta sobre o caso e também estudará
quais medidas judiciais podem
ser tomadas.
"Eu estudei três anos para
esse concurso. Outras pessoas
estudaram cinco. Há candidatos aprovados que já pediram
demissão do emprego, outros
estão desempregados, passando necessidade", disse Silva.
Ontem, a presidente do Sindicato dos Peritos Criminais do
Estado de São Paulo, Maria
Márcia da Silva Kesselring, informou, por meio de nota oficial, considerar a denúncia de
favorecimento dos candidatos
grave e que a instituição vai
acompanhar a apuração.
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