São Paulo, terça-feira, 01 de dezembro de 2009

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Aprovados para vaga de fotógrafo querem reunião com secretário

DA REPORTAGEM LOCAL

Candidatos do concurso de fotógrafo pericial, suspenso na última sexta-feira pela Secretaria da Segurança Pública por suspeita de fraude, pediram ao secretário Antonio Ferreira Pinto que receba uma comissão formada pelos aprovados por "méritos próprios".
O concurso teve 17.621 inscritos, que pagaram R$ 32,74 de inscrição. A média foi 165 candidatos para cada uma das 107 vagas. Na segunda fase (prova oral), foram 415.
Ontem, a Corregedoria-Geral da Polícia Civil de São Paulo passou a analisar as provas de todos os candidatos em um inquérito policial aberto para investigar a fraude. O diretor da Academia da Polícia Civil, Adilson José Vieira Pinto, será intimado a depor.
De acordo com o candidato André Carlos Vaz da Silva, que foi aprovado no concurso e aguarda para se tornar fotógrafo do IC (Instituto de Criminalística), o objetivo da conversa com o secretário é saber se, confirmada a fraude, ele determinará a anulação de todo o concurso ou irá retirar apenas as pessoas favorecidas.
Conforme a Folha revelou ontem, candidatos parentes de diretores do IC conseguiram passar na prova mesmo não respondendo a boa parte da prova oral.
Um deles, André das Eiras Braiani, é parente de José Domingos Moreira das Eiras, diretor-geral do IC.
Silva disse que, antes de se reunir com o secretário Ferreira Pinto, o próprio grupo de candidatos fará uma pauta sobre o caso e também estudará quais medidas judiciais podem ser tomadas.
"Eu estudei três anos para esse concurso. Outras pessoas estudaram cinco. Há candidatos aprovados que já pediram demissão do emprego, outros estão desempregados, passando necessidade", disse Silva.
Ontem, a presidente do Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo, Maria Márcia da Silva Kesselring, informou, por meio de nota oficial, considerar a denúncia de favorecimento dos candidatos grave e que a instituição vai acompanhar a apuração.


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