da Reportagem Local

Simulados, plantões de dúvidas, conscientização de alunos e até mudança de currículo visando adequação ao provão são as justificativas de faculdades de São Paulo para o melhor desempenho na avaliação deste ano.
Os alunos do último ano de engenharia química da Faculdade Osvaldo Cruz, por exemplo, tiveram disciplinas profissionalizantes antecipadas do segundo para o primeiro semestre.
De acordo com o diretor da faculdade de engenharia, Victor Abou Nehmi, essa medida visou preparar melhor os alunos para o provão -o curso teve conceito C, contra D em 97. "A primeira avaliação priorizou muito questões profissionalizantes em detrimento de teóricas. Portanto, resolvemos adiar as disciplinas teóricas para o segundo semestre e adiantar aquelas que preparariam melhor os alunos."
A faculdade também criou simulados e plantões de dúvidas. "Além disso, contratamos dez professores titulados para aumentar a carga horária de disciplinas profissionalizantes desde o segundo ano de faculdade. Estamos nos adequando às tendências apontadas pelo MEC."
No curso de odontologia da Unicid (Universidade da Cidade de São Paulo), cuja nota saltou de D para B, não houve mudanças curriculares. Segundo Wilson Vivone, chefe do núcleo de atendimento odontológico integrado da faculdade, a melhora ocorreu porque os alunos perceberam a importância da prova.
"Fizemos palestras para motivar os estudantes e organizamos um "intensivão', com professores tirando dúvidas de alunos para a prova", afirma.
O reitor da Universidade de Mogi das Cruzes, Roberto Leal Lobo e Silva Filho, vê o melhor desempenho de seus cursos como um reflexo da política de reformulação de currículos, capacitação de professores e contratação de profissionais titulados.
Os cursos de direito, administração e engenharia química passaram de D para C. "Lentamente vamos chegar a um resultado ideal", diz o reitor.
(PRISCILA LAMBERT)


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