São Paulo, quinta-feira, 02 de maio de 2002

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Para médico, sociedade ficou mais atenta

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O médico Lauro Monteiro Filho atribui o aumento no número de denúncias à grande divulgação, pela mídia, de casos de violência envolvendo a classe média, como o caso do pediatra Eugênio Chipkevitch, 47, acusado de abusar sexualmente de cerca de 35 pacientes -a maioria adolescentes.
Chipkevitch foi preso no dia 21 de março após ter sido exibido na TV imagens em que ele abusava sexualmente de seus pacientes após dopá-los.
Outro exemplo é a divulgação de casos de pedofilia na Igreja Católica. O papa João Paulo 2º chegou a afirmar que o abuso sexual por padres "é errado e considerado corretamente um crime pela sociedade e também um pecado hediondo aos olhos de Deus".
Os dois episódios evidenciaram que a violência sexual não faz distinção de classe social e preocuparam a sociedade que agora, segundo Monteiro Filho, passou a ficar mais atenta.
"Na minha experiência profissional, já atendi diversas crianças, e até bebês, com sinais evidentes de violência sexual cometidos por familiares. A primeira reação dos pais, que alegam outros motivos para os ferimentos, é fugir com a criança do hospital quando percebe a desconfiança de alguém."



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