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Para médico, sociedade ficou mais atenta
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O médico Lauro Monteiro
Filho atribui o aumento no número de denúncias à grande divulgação, pela mídia, de casos de violência envolvendo a classe média, como o caso do pediatra Eugênio Chipkevitch, 47, acusado de abusar sexualmente de cerca de 35 pacientes -a
maioria adolescentes.
Chipkevitch foi preso no dia
21 de março após ter sido exibido na TV imagens em que ele
abusava sexualmente de seus
pacientes após dopá-los.
Outro exemplo é a divulgação de casos de pedofilia na
Igreja Católica. O papa João
Paulo 2º chegou a afirmar que
o abuso sexual por padres "é
errado e considerado corretamente um crime pela sociedade e também um pecado hediondo aos olhos de Deus".
Os dois episódios evidenciaram que a violência sexual não
faz distinção de classe social e
preocuparam a sociedade que
agora, segundo Monteiro Filho, passou a ficar mais atenta.
"Na minha experiência profissional, já atendi diversas
crianças, e até bebês, com sinais evidentes de violência sexual cometidos por familiares.
A primeira reação dos pais, que
alegam outros motivos para os
ferimentos, é fugir com a criança do hospital quando percebe
a desconfiança de alguém."
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