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SAÚDE MENTAL
Evento discute a aplicação de nova lei no país
DA REPORTAGEM LOCAL
Com o objetivo de discutir a lei
10.216, que dispõe sobre os direitos de pessoas portadoras de deficiência mental e em que casos ela
deve ser aplicada aos dependentes de álcool e outras drogas, a
APM (Associação Paulista de Medicina), com apoio da Folha, promoveu, no dia 10 de abril, uma
mesa-redonda com o tema "Proteção e Direito dos Dependentes
de Álcool e outras Drogas e o Redirecionamento do Modelo Assistencial em Saúde Mental".
Participaram o psiquiatra Sérgio Seibel, presidente do Conem-SP (Conselho Estadual de Entorpecentes do Estado de São Paulo)
e do Comitê Multidisciplinar de
Estudos sobre Dependência do
Álcool e outras Drogas da APM;
Hilda Morana, psiquiatra e diretora de eventos do Departamento
de Psiquiatria da APM; Ana Pitta,
coordenadora de Saúde Mental
da Secretaria Estadual da Saúde;
Maurides de Melo Ribeiro, advogado e representante da OAB no
Conem-SP; Sérgio Luis Mendonça Alves, procurador, e Giordano
Estevão, psiquiatra do Hospital
do Servidor Público Estadual.
Para Ribeiro, a lei, sancionada
há um ano, traz "inovações fundamentais" e é fruto da luta pela
garantia dos direitos de portadores de deficiência mental, mas
precisará, em pouco tempo, de
outras regulamentações.
A lei prevê que internações psiquiátricas devem ocorrer só com
laudo médico circunstanciado,
mas não é que o vem ocorrendo,
disse Ana Pitta. Segundo ela, o
Brasil interna mais de 90% dos
doentes mentais, e a internação é
encarada, no meio médico, "como último recurso disponível".
Para a psiquiatra Hilda Morana,
o país deve sair do modelo "hospitalocêntrico", buscando tratamentos alternativos à internação.
Giordano Estevão ressaltou o
desafio de unir as áreas de saúde e
Justiça na recuperação do doente,
pois toda internação psiquiátrica
involuntária deve ser informada
ao Ministério Público Estadual.
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