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São Paulo, sexta-feira, 02 de maio de 2003

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PANORÂMICA

PIRATARIA

Polícia investigará empresa de delegado suspeito de desviar material apreendido
O delegado Paulo Sérgio Óppido Fleury, afastado anteontem da Delegacia de Combate à Pirataria de São Paulo por suspeita de desviar material apreendido em operações, terá a sua empresa, a Fleury Consultoria, investigada pela Corregedoria.
Policial do Deic, Fleury prestaria serviços a empresas na mesma área em que atuava: combate a produtos pirateados, fraudes e golpes. Entre seus clientes haveria uma operadora de cartão de crédito. A Corregedoria que saber se Fleury usava a sua empresa para fechar contratos de combate à falsificação de mercadorias -exatamente a atividade que ele exerce na polícia e recebe do Estado.
Anteontem, a polícia descobriu um galpão em Santana, zona norte, onde funciona uma sala da Fleury Consultoria, e apreendeu um caminhão de produtos supostamente recolhidos em blitze antipirataria: equipamentos e roupas.
Segundo a Folha apurou, Fleury disse à Corregedoria que usou o galpão para guardar mercadorias porque não tinha espaço suficiente no Deic.
Fleury é filho de um dos policiais mais temidos na época do regime militar: Sérgio Fernando Paranhos Fleury, o "Doutor Fleury", cujo nome é citado por sobreviventes como um dos principais torturadores da época. Foi ele quem matou o guerrilheiro Carlos Marighella. (DO "AGORA" E DA REPORTAGEM LOCAL)


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