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Mãe afirma que foi fácil contar para os filhos
DA REPORTAGEM LOCAL
Ela não gosta do termo filho adotado. Para a empresária Bernadete de Andrade
Candeira, 53, de São José do
Rio Preto (440 km de SP),
três de seus seis filhos só entraram em sua vida por um
meio diferente: pela barriga
de uma outra mulher.
E todos os filhos não gerados de seu ventre, conta ela,
foram informados da situação desde o momento em
que tiveram curiosidade a
respeito. "Digo até o nome da
mãe que o gerou. Mas explico: Você é meu filho, só nasceu na barriga de outra pessoa, porque não podia nascer
da minha" diz ela.
Bernadete não podia ter
mais filhos porque, em decorrência de problemas de
saúde, teve o útero retirado
cinco anos antes da primeira
adoção. Antes, ela queria ter
mais um filho biológico.
O primeiro filho adotivo
foi Rodnei Augusto. Na época, ele tinha quatro anos e,
hoje, está com 22. Além de
Rodnei, a família tem ainda
Leandro César, com 20 anos
(foi adotado com seis anos) e,
a caçula, Priscila Carla, hoje
com oito anos (adotada com
oito meses).
A empresária diz que foi
sempre muito fácil para ela
tratar desse assunto porque
tem uma convicção: os filhos
seriam dela de qualquer forma, mas foi Deus quem escolheu o caminho. "Eu acredito
nisso. Se eu não me convenço, fica muito mais difícil para a criança entender", diz.
Bernadete afirma que o carinho e a dedicação têm dado
resultado. Leandro agora é
pai de uma menina, com dois
meses de idade, e tem mostrado uma "paixão" muito
grande por sua família.
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