|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
DROGA
Brasileiro será julgado nos EUA
Possível chefe do tráfico pode ter bens apreendidos
JOSÉ MESSIAS XAVIER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Seis fazendas e 20 mil cabeças de
gado no Paraguai, que pertencem
a Ivan Carlos Mendes Mesquita,
47, suspeito de ser o maior traficante internacional brasileiro, poderão ser seqüestradas pela Suprema Corte daquele país a pedido do governo brasileiro.
Mesquita, que é paranaense, foi
extraditado, na segunda, do Paraguai para os EUA, onde será julgado sob acusação de contrabando de armas, tráfico internacional
de drogas e ligações com as Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia (Farc), consideradas
um grupo terrorista pelo Departamento de Estado americano.
Ele poderá pegar prisão perpétua.
A ofensiva brasileira sobre os
bens de Ivan Mesquita foi lançada
nesta semana por investigadores
federais, que consideram a organização chefiada por ele como a
principal rede de tráfico de armas
e de entorpecentes em atuação no
país. Além de fornecer cocaína
para a Europa, o México e os
EUA, o grupo também abastece
favelas do Rio de Janeiro e São
Paulo com a droga e armas como
fuzis, pistolas e explosivos.
"As fazendas dele estão localizadas na região de fronteira do Paraguai com o Brasil, principalmente em Pedro Juan Caballero,
Capitán Bado e Amambay", afirma o coordenador Geral de Polícia de Repressão a Entorpecentes
da PF, delegado Ronaldo Urbano.
Os agentes federais também estão realizando um levantamento
de bens do traficante no Brasil.
Para o diretor Geral de Combate
ao Crime Organizado da PF, delegado Getúlio Bezerra, é uma
questão de tempo o desmantelamento de toda a estrutura do bando. "Vamos atacar a estrutura financeira da organização", disse.
No Rio de Janeiro, um dos elos
de Mesquita seria o italiano Sérgio
Nigretti. Ele foi preso em 2003 sob
o nome falso de Alessandro Castiglioni, acusado de organizar uma
remessa de 700 kg de cocaína para
a Europa.
O fornecedor da droga, apreendida, seria Ivan Mesquita.
Texto Anterior: Segurança: Rio proíbe greve e policiais recuam Próximo Texto: Desarmamento: TSE se antecipa e prepara referendo Índice
|