São Paulo, segunda-feira, 02 de setembro de 2002

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Barracos são problemas frequentes

DA REPORTAGEM LOCAL

Problemas com o revestimento dos prédios e com a ocupação indevida das áreas condominiais são os mais frequentes entre os edifícios do Cingapura.
Dos 35 conjuntos que exigem reformas, 24 apresentam revestimento danificado e 19 contam com ocupações irregulares nas áreas condominiais.
Devido ao avanço dos barracos das favelas -que já deveriam ter sido extintas- sobre as áreas que deveriam ser verdes e de lazer, a variável infra-estrutura e áreas condominiais é a única para qual é registrada a nota zero (emergência) nos laudos feitos pela prefeitura -são cinco os conjuntos habitacionais nessa situação.
Um dos conjuntos com zero nesse critério de avaliação é exatamente o Imigrantes, cuja reforma já está sendo licitada. Lá, há construções que avançaram sobre o que deveria ser o estacionamento. Nesse caso, elas devem ser retiradas durante as reformas.
"Os barracos e as construções [há também alguns comércios irregulares" que estiverem na área que deve ser condominial terão de ser removidos, com a realocação dos ocupantes", afirma Cícero Petrica, coordenador do Programa de Verticalização de Favelas da Secretaria da Habitação.
No contrato de empréstimo que a prefeitura assinou com o BID em 1996 para financiamento do Cingapura, está previsto que as favelas seriam totalmente absorvidas pela construção dos edifícios, o que, na verdade, não ocorreu na maioria dos casos.
Contrariando o acordado, os núcleos subnormais cresceram em torno dos conjuntos, invadindo suas áreas comuns. (SC)


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