DE SÃO PAULO

Um dos objetivos de barrar os caminhões na Bandeirantes e na marginal Pinheiros é forçar a adesão deles ao trecho sul do Rodoanel, inaugurado em abril, evitando a passagem pela área urbana.
No mês passado, antes mesmo de as restrições na capital serem motivo de multa, essa alça já teve aumento de 28,5% no tráfego de veículos pesados em relação a julho.
Com isso, passou a receber mais caminhões do que carros. De abril a julho, os veículos leves predominavam, com 60% do fluxo. Em agosto, representaram só 45%.
Essa situação era a esperada, segundo a estatal Dersa. Ela tende a ser reforçada com a fiscalização dos caminhões a partir de hoje na cidade.
Vários fatores explicam a resistência de caminhoneiros ao Rodoanel, entre eles distância e deficiências como falta de postos e de iluminação, sinal ruim para celular e sensação de insegurança.
O Estado nega problemas com violência. Policiais, agentes da Dersa e caminhoneiros relatam, porém, ataques com pedras ao para-brisa, em tentativas de assalto.
A Folha pediu entrevista à Polícia Rodoviária Estadual, mas não foi atendida.
Na terça, às 13h30, ladrões abandonaram um carro roubado no acostamento.
Sobre a iluminação, a Dersa informou que segue padrão de outras rodovias, com a implantação de postes em pontes, viadutos e acessos.
O sinal de telefonia celular, diz a empresa, só é intermitente em 3 km -e as operadoras apresentaram projetos para implantar torres novas.
Embora a cobrança de pedágio só esteja prevista para 2011, quem passa no trecho sul já precisa reduzir a velocidade devido a praças em construção. A Dersa diz que não há lentidão por isso.
A partir de hoje, a marginal Tietê terá novo limite de velocidade para veículos pesados. Segundo a CET, a velocidade máxima para ônibus e caminhões na pista expressa passa de 90 km/h para 70 km/h. (AI)


Texto Anterior: Multa a caminhão começa hoje na av. Bandeirantes
Próximo Texto: Fiscalização de uso de cadeirinhas é confusa no 1º dia
Índice