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Licitação pode ficar sem interessados
da Reportagem Local
O projeto do pedágio na marginal Tietê corre o risco de se tornar
pouco atrativo para a iniciativa
privada e nunca sair do papel, caso o cronograma das obras não
seja ampliado ou a Prefeitura de
São Paulo não libere a cobrança
da tarifa apenas depois da conclusão da obra.
Essa é a análise feita por funcionários de concessionárias de rodovias paulistas e pela Associação
Brasileiras de Concessionárias de
Rodovias.
Segundo os especialistas, o
principal obstáculo deverá ser a liberação de financiamento para
garantir a construção da nova pista da marginal.
A obtenção de empréstimo é
quase obrigatória porque a empresa que vencer a licitação deverá investir R$ 250 milhões nas
obras, mas só poderá começar a
cobrar pedágio após a conclusão
da obra (um ano depois).
"As instituições financeiras têm
receio de liberar financiamentos
antes da cobrança do pedágio.
Não há garantia de que o projeto
vai dar o retorno esperado e ainda
corre o risco de sofrer intervenções judiciais ou administrativas
com a mudança de gestão", disse
o presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, Moacyr Duarte.
Cronograma
Outro obstáculo apontado por
funcionários de concessionárias
paulistas é o cronograma das
obras, curto para a previsão de retorno.
Pelo projeto, a empresa precisaria fazer todos os investimentos e
finalizar as novas pistas em menos de um ano. Mas começará a
ter retorno apenas a partir do 18º
ano da concessão.
No programa de privatização
das rodovias estaduais, as empresas concentram os investimentos
nas principais obras ao longo dos
primeiros cinco anos da concessão. E o retorno do investimento
começa a surgir a partir do 9º ano.
"A prefeitura precisaria ampliar
o cronograma para diluir o investimento e tornar o projeto mais
atrativo", disse um funcionário de
uma concessionária de São Paulo
que preferiu não se identificar.
(GN)
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