São Paulo, quinta-feira, 02 de novembro de 2006

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No Rio, paciente faz "via-sacra" para ser atendido

DA SUCURSAL DO RIO

Uma visita à emergência do hospital municipal Souza Aguiar, no centro do Rio, é suficiente para entender por que a crise no setor é constante, apesar de o Estado ter o maior número de leitos por habitantes do país. Foi na frente do Souza Aguiar que, no ano passado, a Marinha montou um hospital de campanha para tentar diminuir a espera dos pacientes.
As histórias de quem aguarda na fila são quase sempre as mesmas: alguém que veio de longe, procurou um posto de saúde e que, por fim, apelou à emergência do Souza Aguiar.
"Cheguei aqui às 9h e estou até agora [16h] esperando. Estou com muita dor na coluna. Já tentei ir a posto de saúde municipal e a hospitais estadual e federal. Está tudo falido", dizia o padeiro Jofre Jonas, 42, que mora na zona oeste.
Maria Lúcia Fernandes, 56, de Queimados (município da Baixada Fluminense), foi primeiro a um posto de saúde próximo de sua casa. Lá, marcaram uma consulta com um médico para o dia 18 de dezembro. "Não posso esperar tanto tempo. Vim aqui para ver se sou atendida, mas me disseram que isso só deve acontecer às 22h."


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