|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Capitão-maestro nunca deu tiro na rua
da Reportagem Local
O capitão Antonio Carlos Fernandes, 45, está há 22 anos na Polícia Militar, mas nunca deu um tiro nas ruas -só em estandes de
treinos. Capitão Fernandes é um
tipo especial de policial. Comanda
o Corpo Musical da PM, do qual é
maestro. Sua arma é a batuta.
O capitão integra o grupo de 620
policiais do Estado que são músicos. Só fazem policiamento nas
operações especiais, que ocorrem
no Carnaval, por exemplo, ou por
determinação do comando.
No Corpo Musical tudo é superlativo. Está lá a mais antiga banda
sinfônica do país, fundada em
1857. Tem o maior acervo de hinos
do mundo. É a maior sinfônica
militar da América Latina, como
enumera o capitão. Só na cidade
de São Paulo, são 240 policiais-músicos, 14 dos quais são
maestros. No interior, há outras 14
bandas.
A carreira de um policial-músico
começa como a de qualquer PM.
Faz a escola da polícia e fica dois
anos no policiamento.
A partir daí entra no Quadro de
Oficiais Especialistas, onde estão
lotados médicos, dentistas e farmacêuticos. Estuda seis meses de
música e, se tiver vaga, entra para
a banda.
Não é muita mamata? "Não",
diz o capitão. "Somos PMs, fazemos policiamento e prestamos
serviços à comunidade."
A banda sinfônica, com 75 instrumentistas, é a face musical mais
conhecida da PM, mas não é a única. São oito grupos, entre os quais
um sexteto de cordas, uma "jazz
band" e um grupo pop. Tocam de
Tchaikóvski a "É o Tchan".
Os oito corpos fazem de 40 a 50
apresentações por semana.
Animam de formaturas a casamentos. Há grupos para todas as
ocasiões. Em aniversários da PM,
brilha a Banda Sinfônica. A festas
refinadas, envia-se o sexteto.
Em 99% dos casos, os grupos se
apresentam de graça. Quando não
tocam de graça, cobram R$ 600.
Para obter os seus serviços basta
enviar um ofício à 5ª Seção do Estado-Maior da PM, à praça Coronel Fernando Prestes, 115, CEP
01124-060, São Paulo, SP.
(MCC)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|