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SAÚDE
Prevenção mantém turista
longe de hospital
JAIRO BOUER
especial para a Folha
Quem está planejando uma viagem de férias neste verão deve ficar atento a certas precauções que
podem garantir que o descanso
não termine antes do tempo.
Quanto mais precárias as condições de infra-estrutura e higiene
do local a ser visitado, maiores os
cuidados necessários para evitar
problemas de saúde.
Quanto mais alta a temperatura,
maior também deve ser a atenção,
principalmente para a alimentação e para os líquidos.
Os alimentos se deterioram mais
facilmente e as bactérias proliferam com maior velocidade durante o calor.
É preciso tomar muito cuidado
com os restaurantes e bares escolhidos para fazer as refeições.
Cozinha limpa
A cozinha dos estabelecimentos
deve estar sempre limpa e o local
deve contar, pelo menos, com refrigeradores e freezers.
O infectologista Sergio Cimerman, do Instituto Emílio Ribas, de
São Paulo, diz que as infecções alimentares (gastroenterites) estão
entre os problemas mais comuns
verificados durante as férias.
A pessoa começa a passar mal e
apresenta tonturas, náusea, diarréia e vômitos.
Segundo Cimerman, um adulto
normal tende a se recuperar de
um quadro como esse em, no mínimo, dois ou três dias.
No entanto, é fundamental que a
pessoa tome bastante líquido nesse período para evitar ficar com
desidratação. Crianças correm
maior risco de ficar desidratadas
no verão.
Se a pessoa não melhora em dois
ou três dias, com a adoção de medidas básicas de hidratação e repouso, ela deve procurar cuidados
médicos.
Muitas vezes é necessário que o
paciente tome soro (para evitar
desidratação) e antibióticos (para
poder controlar a infecção).
Água mineral
Para evitar problemas, a água
bebida deve ser sempre potável e,
de preferência, industrializada
(copinhos e garrafas de água mineral). Evitar água de torneira e de
poços é uma medida bastante prudente.
Alimentos frescos (como frutas,
verduras e legumes) devem estar
bem limpos.
Cheque com que tipo de água esses alimentos são lavados. Eles podem conter protozoários (ameba e
giardia) que podem demorar algumas semanas para manifestar
os sinais da infecção.
A pessoa pode sentir que tem algum problema (cólicas, mal-estar,
náusea e diarréia) apenas quando
voltar para sua casa.
Duas causas importantes de infecção e mal-estar nas férias (hepatite A e rotavírus) são doenças
que já podem ser prevenidas com
vacinas, que já estão à disposição
das pessoas nos centros de vacinação das grandes cidades.
Tomadas duas semanas antes da
viagem, elas já garantem algum
nível de proteção.
Cimerman avisa que outra
doença que deve voltar com mais
força ainda nesse verão é a dengue, transmitida por picadas de
mosquitos.
Insetos
O calor e as chuvas dessa época
do ano favorecem a proliferação
dos insetos e aumentam o risco de
contágio.
A dengue se assemelha a uma
gripe muito forte com mal-estar,
coriza, dor de cabeça, dores musculares e pode ter duração mais
longa que um quadro gripal comum.
O tratamento é feito com repouso e remédios que controlam os
sintomas.
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