São Paulo, domingo, 3 de janeiro de 1999

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HORA EXTRA
Carlos, 27, e Karina, 26, têm excesso de trabalho

da Reportagem Local

O juiz Carlos Alberto Maluf, 27, casou-se há quase oito meses. Não conseguiu, porém, ficar mais do que 15 dias seguidos com a mulher, uma advogada.
Como substituto, teve de passar por seis municípios antes de se tornar titular no Foro Distrital de Jaguariúna (a 120 km de SP).
Em São Paulo, permaneceu quatro meses. Em Jacupiranga, um mês e meio. Em Palmital, dois meses. Em Capão Bonito, perto de cinco meses. Em Sorocaba, duas semanas. E, em Itapetininga, uma semana.
Viajou sempre sozinho. Na maioria das cidades, morou em hotéis. "Sabia que seria assim. Pensava estar preparado. Só que, na prática, a coisa se mostrou bem mais difícil."
Agora que se fixou em Jaguariúna, planeja alugar uma casa ou apartamento e, depois, buscar a mulher. "Cansei da solidão."
Os percalços do início de carreira também afetam Karina Ferraro Amarante, 26, juíza substituta na Vara Distrital de Jandira (a 32 km de SP).
"Administro 7.000 processos e cheguei a presidir 20 audiências em um único dia. É exaustivo, mas não estou decepcionada nem perdi meus ideais. Continuo encarando a profissão como uma maneira de me doar um pouco para os outros."
(AA)



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