JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

Durante cinco dias da semana passada o 26º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo reuniu no Anhembi cerca de 50 mil dentistas e estudantes, segundo a Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas, organizadora do evento.
Este conclave é considerado o maior congresso de odontologia do Brasil, e alguns dentistas dizem ser o segundo no mundo em número de participantes.
No dia 25, primeiro dia da reunião, uma das principais sessões de atualização teve como tema central a Odontogeriatria. Foi a primeira vez, desde a resolução 25 do Conselho Federal de Odontologia, instituindo em 2002, que a especialidade entra em um congresso desta envergadura.
A professora Maria Luiza Moreira Arantes Frigerio, da Faculdade de Odontologia da USP, falou sobre a implantação do projeto "Envelhecer Sorrindo" na universidade. A ênfase do projeto é dada não só para a saúde bucal e reabilitação protética, mas também para a sociabilização do idoso por meio de várias iniciativas, como a arte-terapia enquanto o paciente/cliente aguarda a consulta.
A professora destacou ainda os projetos de pesquisa no Departamento de Prótese da FOUSP (serviço do professor Carlos Gil) vinculados ao atendimento a idosos, entre eles o distúrbio do sono relacionado ao uso, ou não, de prótese.
Também participaram da sessão Eduardo Hebling, da Unicamp, que falou da dificuldade na produção de saliva devido ao uso de alguns remédios receitados pelo geriatra; Herbert Rubens Koch Filho, (PUC-PR), mostrando as alterações morfofuncionais freqüentes no idoso; Paulo Cezar Rezende (APCD-São Bernardo do Campo), sobre tratamentos para ampliação da capacidade de mastigação dos idosos; Denise Tibério, relacionando a periodontopatia (infecção localizada entre o dente e a gengiva) a doenças cardíacas; e Érika Sequeira, sobre ensino à distância para atualização em odontologia.

julio@uol.com.br


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