São Paulo, terça-feira, 03 de março de 2009

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111 casarões de Salvador correm risco de desabar

Defesa Civil Municipal aponta falta de manutenção

CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA

Quase metade dos casarões de Salvador (BA) vistoriados pela Defesa Civil Municipal correm risco de desabar. É o que aponta o estudo "Casarões - Relatório Técnico 2009", um levantamento feito pelo órgão em 224 edifícios localizados na área de preservação histórico-cultural da cidade.
Há, segundo o estudo, 111 casarões em situação de risco iminente, 52 edifícios em risco médio e 23 em baixo risco.
Tombado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) como patrimônio cultural da humanidade, o centro histórico de Salvador possui cerca de 3.000 casarões dos séculos 16, 17 e 18. A Defesa Civil aponta como uma das principais causas da deterioração a falta de manutenção por parte dos proprietários.
Um exemplo de construção com risco iminente de desabar é uma marquise de um casarão na rua dos Adobes (região central). Os assoalhos estão escorados com pedaços de madeira e as instalações elétricas estão sob risco de curto-circuito.
O relatório foi encaminhado a órgãos de preservação do patrimônio histórico e cultural.
Para o superintendente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional) na Bahia, Carlos Amorim, há alguns problemas no estudo, como a ausência do nome dos proprietários e a discriminação de quais são tombados.
"Precisamos ter esses dados para saber quais desses proprietários não têm recursos para restaurar o imóvel. Assim, pode-se fazer uma ação para que a União, o Estado ou o próprio município promova o restauro no interesse público."


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