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111 casarões de Salvador correm risco de desabar
Defesa Civil Municipal aponta falta de manutenção
CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA
Quase metade dos casarões
de Salvador (BA) vistoriados
pela Defesa Civil Municipal
correm risco de desabar. É o
que aponta o estudo "Casarões
- Relatório Técnico 2009", um
levantamento feito pelo órgão
em 224 edifícios localizados na
área de preservação histórico-cultural da cidade.
Há, segundo o estudo, 111 casarões em situação de risco iminente, 52 edifícios em risco médio e 23 em baixo risco.
Tombado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) como patrimônio cultural
da humanidade, o centro histórico de Salvador possui cerca de
3.000 casarões dos séculos 16,
17 e 18. A Defesa Civil aponta
como uma das principais causas da deterioração a falta de
manutenção por parte dos proprietários.
Um exemplo de construção
com risco iminente de desabar
é uma marquise de um casarão
na rua dos Adobes (região central). Os assoalhos estão escorados com pedaços de madeira
e as instalações elétricas estão
sob risco de curto-circuito.
O relatório foi encaminhado
a órgãos de preservação do patrimônio histórico e cultural.
Para o superintendente do
Iphan (Instituto do Patrimônio
Histórico Artístico Nacional)
na Bahia, Carlos Amorim, há alguns problemas no estudo, como a ausência do nome dos
proprietários e a discriminação
de quais são tombados.
"Precisamos ter esses dados
para saber quais desses proprietários não têm recursos para restaurar o imóvel. Assim,
pode-se fazer uma ação para
que a União, o Estado ou o próprio município promova o restauro no interesse público."
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