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Mercado diz que vaga maior está mais difícil
Construtores negam fazer demarcações menores em garagens e defendem revisão da cota para carros de maior porte
Hubert Gebara, do Secovi, diz que há 20 anos, era mais fácil um prédio oferecer vagas que chegavam ao tamanho de 4 m por 7
DA REPORTAGEM LOCAL
O setor imobiliário admite
que a possibilidade de oferecer
vagas maiores é reduzida hoje.
"Tratou-se de uma imposição
de mercado", afirma Hubert
Gebara, vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi (Sindicato
da Habitação) de São Paulo.
Ele conta que, há 20 anos, era
mais fácil um prédio oferecer
vagas que chegavam ao tamanho de 4 m por 7 m, medidas
que caíram muito.
Entre os motivos, ele aponta
que "as leis mais restritivas ao
setor, terrenos mais escassos,
principalmente em locais de
boa venda, como nas proximidades de estações do metrô".
Esses e outros fatores aumentam o custo da construção
e exigem um aproveitamento
do espaço que torne o empreendimento viável economicamente, segundo ele. Uma das
apostas tem sido optar por
áreas pequenas em prédios
com muitos apartamentos.
Se o prédio tem área para
construir mais vagas nas garagens além das obrigatórias, as
tamanho "p" são uma opção de
aproveitamento de espaço.
Algumas construtoras tentam fugir dos limites do Código
de Obras. A Tecnisa, por exemplo, tem vagas do tipo pequena
com largura de 2,10 m, o que dá
20 cm a mais entre duas vagas
em comparação com vagas de
largura mínima.
O arquiteto Jonas Birger, que
faz projetos para grandes construtoras, diz que de seu escritório não saem projetos com largura menor que 2,30 m. "Com 2
m a pessoa não consegue sair".
Hubert Gebara diz que administradoras têm sentido, devido às facilidades de financiamento, um aumento na presença dos automóveis grandes. Ele
apoia a revisão da fatia de 5%
para esse tipo de veículo.
Nega, porém, que construtoras façam vagas menores que o
permitido, pois não conseguiriam, por exemplo, o Habite-se.
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