DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Dentro de dez anos, o Distrito Federal deverá enfrentará sérios problemas de abastecimento de água, se nada for feito para reverter o estado de degradação das oito bacias hidrográficas da região. A afirmação consta em um estudo coordenado pela ONG (organização não-governamental) WWF-Brasil.
O levantamento mostra que áreas essenciais para a preservação dessas bacias foram ocupadas e degradadas, prejudicando a qualidade da água usada no abastecimento do DF.
Desmatamento, poluição e despejo de lixo e esgoto também prejudicam as reservas de água do Distrito Federal, segundo o estudo divulgado.
Para evitar a crise, o WWF (sigla em inglês do Fundo Mundial para a Natureza) alerta para a necessidade de recuperar o que está degradado, não ocupar áreas de mananciais e promover o uso racional da água.

Resistência
A população terá que mudar hábitos e evitar desperdícios. Uma pesquisa com 600 moradores do Distrito Federal mostra que mais de 90% dos entrevistados querem colaborar. A maior resistência, porém, aparece justamente entre os moradores das áreas que mais consomem água.
No Lago Sul, área nobre de Brasília, o consumo médio é de 605 litros por habitante por dia. No bairro, praticamente todas as casas têm piscina.
No vizinho Paranoá, uma das regiões mais pobres do DF, o gasto é bem menor: a estimativa é de 99 litros por habitante por dia.
Para a Organização das Nações Unidas, o consumo diário considerado adequado é estimado em 200 litros por habitante.
Os resultados da pesquisa no Distrito Federal mostram que, quanto maior é a renda do consumidor, menor é a sua disposição para economizar água.


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