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CURITIBA
Organizador está desaparecido
Show em que morreram 3 não teve policiamento
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O show de rock em que três
adolescentes morreram pisoteados e 25 sofreram ferimentos, no
sábado à noite, em Curitiba, não
tinha alvará, não foi informado à
Polícia Militar e a direção do Jockey Club não seguiu entendimento do Ministério Público -de que
o espaço não oferecia segurança
para eventos de massa.
As três irregularidades vão fazer
parte do inquérito criminal sobre
o tumulto, que corre na Delegacia
de Homicídios. O promotor do
show batizado de "União pela
Paz", Athayde de Oliveira Neto,
23, teve um habeas corpus negado
pela Justiça e está desaparecido
desde a madrugada de domingo.
Ele deve ser indiciado por homicídio culposo (não intencional).
"Foi um show à revelia da ordem pública", disse o promotor
João Henrique Vilela da Silveira.
Segundo ele, a direção do Jockey
Club vai dividir a responsabilidade pelo desfecho com o promotor
do evento, numa ação civil que vai
pedir a interdição do espaço.
O Jockey Club é presidido pelo
secretário da Indústria e Comércio do Estado, Luiz Mussi.
O procurador-chefe do município, Maurício de Ferrante, confirmou a ausência de alvará. No
Corpo de Bombeiros, o major que
comanda a área de engenharia,
Wanderley Mariano, informou
que o laudo foi negado. Segundo
ele, o acesso era feito por apenas
dois portões e não havia portão de
saída.
Outro lado
O advogado Carlos Humberto
Fernandes da Silva, que representa Oliveira Neto, procurou ontem
a polícia para negociar o depoimento de seu cliente. Silva manteve a versão de que seu cliente informou a realização do show às
autoridades.
De acordo com Silva, na segurança teriam atuado 700 homens
de uma empresa particular e havia duas ambulâncias reservadas.
O presidente do Jockey Club e
secretário estadual da Indústria e
Comércio, Luiz Mussi, não respondeu a um recado deixado na
caixa postal de seu celular.
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